10 de jun. de 2010
9 de jun. de 2010
A Teologia de Rudolf Bultmann
A Teologia de Rudolf Bultmann
Isaias Lobão P. Jr.
Um dos teólogos mais influentes do século XX, Rudolf Bultmann (1884-1976) se destacou com seus escritos históricos e interpretativos sobre o Novo Testamento. Ele foi, durante muitos anos, catedrático da Universidade de Marburg, na Alemanha.
Segundo Bultmann, a tarefa da teologia é a de descobrir um "conceptualismo", cujos termos pudessem aproximar a mensagem do Novo Testamento a cosmovisão moderna. Em correspondência pessoal, ele sempre afirmou sua intenção proclamar uma mensagem contextualizada, ele se referiu certa vez a uma senhora que retornou à Igreja, depois de muito tempo afastada, por causa da leitura de um de seus livros.
Apoiando-se num esquema interpretativo existencialista, bastante influenciado pôr Martin Heidegger, seu colega na Universidade de Marburg, Bultmann passou sua vida lendo o Novo Testamento, como se fosse um documento heideggeriano, e se valendo de métodos histórico-críticos para eliminar do texto os elementos resistentes ao sistema filosófico existencialista. Bultmann fez uma palestra em 1941 numa conferência para pastores, que posteriormente foi publicada, "O Novo Testamento e a Mitologia". A tese de Bultmann: a humanidade contemporânea, que se acostumou com os avanços da ciência, não pode aceitar o conceito mitológico do mundo expresso nos escritos bíblicos.
De acordo com Bultmann, "a concepção do universo do Novo Testamento é mítica. O universo é considerado como dividido em três andares. No meio se encontra a terra, sobre ela o céu, abaixo dela o mundo inferior. O céu é a morada de Deus e das figuras celestes, os anjos; o mundo inferior é o inferno, lugar de tormento. Mas também a terra não é o só o lugar do acontecer natural e cotidiano, da previdência e do trabalho, que conta com ordem e lei; é também cenário do atuar de poderes sobrenaturais, de Deus e de seus anjos, de Satã e de seus demônios. Os poderes sobrenaturais interferem nos acontecimentos naturais e no pensar, querer e agir do ser humano; milagres não são nada raros. Satã pode lhe incutir pensamentos malignos. Mas Deus pode dirigir seu pensar e querer, pode fazê-lo ter visões celestiais, fazê-lo ouvir a sua palavra exortadora e consoladora, pode presentear-lhe a força sobrenatural de seu espírito.A história não percorre seu caminho constante e estabelecido pôr suas próprias leis, mas obtêm seu movimento e direção dos poderes sobrenaturais. Este eón encontra-se sob o poder de Satã, do pecado e da morte (que precisamente são considerados "poderes"). Rapidamente ela se encaminha para seu fim, mais explicitamente um fim próximo, que ocorrerá numa catástrofe cósmica. São eminentes as "dores de parto"do tempo final, a vinda do juiz celestial, a ressurreição dos mortos, o julgamento para a salvação e perdição.
A concepção mítica do universo corresponde a exposição do acontecimento salvífico, que constitui o conteúdo verdadeiro da proclamação neotestamentária. A proclamação emprega linguagam mitológica: eis que é chegado agora o tempo final; "vindo a plenitude do tempo", Deus enviou seu filho. Este um ser divino preexistente, aparece na terra como um ser humano, sua morte na cruz, a qual ele sofre como um pecador, propicia expiação para os pecados dos seres humanos. Sua ressurreição é o começo da catástrofe cósmica, através da qual será aniquilada a morte, trazida ao mundo pôr Adão: os poderes demoníacos universais perderam seu poder. O ressurecto foi elevado ao céu, à direita de Deus; ele foi transformado em "senhor" e "rei". Retornará sobre as nuvens do céu, a fim de consumar sua obra de salvação; então ocorrerá a ressurreição dos mortos e o juízo; então terão sido aniquilados o pecado, a morte e todo o sofrimento. Tudo isto acontecerá em breve; Paulo é de opinião que ainda há de experimentar pessoalmente este evento.Quem pertence a comunidade de Cristo, está ligado ao seu Senhor, através do batismo e da ceia do Senhor, e pode estar seguro de sua ressurreição para a salvação, se não se comportar indignamente. Os crentes já possuem o "penhor", a saber, o Espírito, que age neles e testifica sua filiação de Deus e garante sua ressurreição.
A estes temas acima mencionados, que apresentam um formulação ortodoxa e evangélica, Bultmann responde dizendo que "tudo isto é linguagem mitológica... Em se tratando de linguagem mitológica, ela é inverossímil para o ser humano hoje". Ele se propõe para a teologia a tarefa de desmitologizar a proclamação cristã, descobrindo a verdade que está inserida na concepção mítica do universo do Novo Testamento.
A preocupação de Bultmann não era a eliminação dos mitos, pelo contrário, ele procurou uma reinterpretação da linguagem mitológica da Bíblia. "É bem possível que numa concepção mítica passado do universo possam ser descobertas de novo verdades que foram perdidas numa época de iluminismo". "O sentido do mito não é o de proporcionar uma concepção objetiva do universo. Ao contrário, nele se expressa como o ser humano se compreende em seu mundo. O mito não pretende ser interpretado cosmologicamente, mas antropologicamente melhor; de um modo existencialista". O alvo de Bultmann ao interpretar os mitos bíblicos era ressaltar a natureza da fé. Nesta ênfase à fé, manteve-se firme nas tradições de Paulo e de Lutero.
Bultmann crê que o Novo Testamento contém a Kerigma salvadora de Cristo. A desmitologização consite em desnudar o mito do Novo Testamento e descobrir a Kerigma original.Parte importante da interpretação de Bultmann é o seu modo de entender a história. Ao contrário do idioma português, a língua alemã fornecia a Bultmann duas palavras correspondentes a "história". A primeira, Historie, é usada em relação aos fatos da história. A segunda, Geschichte, é o termo que subentende o significado ou relevância de um evento na história. Com o uso destas duas palavras, é possível diferenciar entre o significado do evento e um fato real.
Sendo assim, poderia-se dizer que Jesus morreu na Historie, mas sua real ressurreição se deu na Geschichte. Ou seja, ele não nega a existência do Jesus histórico, como fez a antiga teologia liberal alemã, mas nega a realidade dos eventos sobrenaturais que o envolveram. Um Ponto Crítico
A erudição de Bultmann tende a transformar o pensamento cristão em um mero comentário a cosmovisão moderna. Toda a mensagem do Novo Testamento tem de ser repensada em categorias existenciais. E nisto o evangelho perde o seu valor e sua força, e passa a ser mais uma boa filosofia de vida.
Segundo Gilbert Durand, "as idéias de Bultmann são típicas do círculo em que mergulha todo pensamento que busca um sentido enquanto se satisfaz em dar voltas lineares, prisioneiro da temporalidade histórica; em que a tradição passada remete à existência presente e vice0versa, indefinidamente". O conceito do Deus objetivo e pessoal apresentado na Bíblia se rende ao pensamento moderno. Em Bultmann, Deus não mais se relaciona objetivamente com o homem, pois o conhecimento de Deus está perdido em meio aos mitos descritos no Novo Testamento.A diferenciação entre Historie e Geschichte, retira a ação de Deus na história. Cristo é o Senhor, diria Bultmann, mas não o Senhor de nossa história e sim de uma história existencial e subjetiva. Assim define George E. Ladd; "a realidade histórica deve ser compreendida em termos de uma imutável casualidade histórica. Se Deus é compreendido como tendo a possibilidade de agir na história, a ação deve estar sempre oculta nos eventos históricos, sendo evidentes apenas aos olhos da fé".
Embora a mensagem do cristianismo seja, sem dúvida alguma, existencial e contemporânea no sentido mais verídico, e exija a resposta subjetiva da fé. A fé que ele requer é a fé numa realidade objetiva.Quando o cristianismo é privado de sua objetividade, cujo fundamento é a intervenção livre e sobrenatural de Deus na história, essa religião se torna uma idéia vaga, uma abstração, um idealismo sem raízes, e nunca será o vibrante cristianismo bíblico.
Bibliografia
1. BULTMANN, Rudolf. Crer e Compreender. Artigos Selecionados. Editor: Walter Altmann. Trad. Walter O. Schlupp e Walter Altmann. Editora Sinodal. São Leopoldo, RS. 1987. 253pp.
2. DURAND, Gilbert. A Fé do Sapateiro. Trad. Sérgio Bath. Editora Universidade de Brasília. Brasília, DF. 1995. 233pp.
3. HENRY, Carl F. H. Fronteiras na Moderna Teologia. JUERP. Rio de Janeiro, RJ. 1975. 140pp.
4. LADD, George E. Teologia do Novo Testamento. Trad. Darci Dusilek e Jussara Marindir Pinto.2a. edição. JUERP. Rio de Janeiro, RJ. 1993. 584pp.
8 de jun. de 2010
RUDOLF BULTMANN (1884-1976)
RUDOLF BULTMANN (1884-1976)
Teólogo e escritor protestante alemão. Estudou teologia nas Universidades de Tubinga, Berlim e Marburgo. Professor nesta última universidade desde 1921 até a sua aposentadoria em 1951. Muito discutido, tanto nos círculos protestantes quanto nos católicos, por sua interpretação dos Evangelhos, da pessoa histórica de Jesus e de sua mensagem, aplicou as normas da crítica histórica do século XX, assim como o método das formas ao texto bíblico. Esteve em contato com as correntes filosóficas modernas, valendo-se, principalmente, da análise existencial de M. Heidegger. De imensa erudição e capacidade, é uma figura importante e discutida do pensamento cristão atual.Seu pensamento está contido principalmente em A história da tradição sinótica (1922), na qual analisa os evangelhos à luz das diferentes formas. E no Novo Testamento e mitologia (1941), obra várias vezes revisada e publicada em dois volumes sob o título de Querigma e mito (1961-1962). Em 1927 surgiram uma série de ensaios e escritos menores de Bultmann com o título de Existência e fé nos quais projeta sua visão cristã através do existencialismo.Uma análise da doutrina de Bultmann leva-nos às seguintes conclusões:1) Ceticismo quase absoluto sobre o valor histórico do Novo Testamento (NT). Para Bultmann, os evangelhos estão menos interessados na pessoa de Jesus e mais no período posterior à sua morte. Os evangelhos são simples construções convencionais posteriores.2) O cristianismo atual enlaça com o primitivo somente pela aceitação do querigma, que aparece em Rm 1,3-4; 6,3-4; At 2,21-24; 1Cor 11,23-26.3) Somente desta forma nós podemos saber nada sobre a vida e a personalidade do Jesus histórico. Assim como Barth, Bultmann reage contra a figura perfeita do Jesus histórico reconstruído pela teologia liberal do séc. XIX. É pouco o que sabemos e podemos reconstruir sobre a figura histórica de Jesus. As afirmaçõees do NT sobre ele não se referem à sua natureza, mas à sua significação.4) O tema central do evangelho é a morte e ressurreição de Jesus. A ressurreição não é um acontecimento objetivo, mas uma experiência viva que nos introduz numa nova dimensão da existência e nos liberta de nós mesmos, do pecado, para abrir-nos aos outros. Doutrinas tão báicas do cristianismo como a encarnação, morte, ressurreição e segunda vinda de Cristo dissipam-se numa interpretação existencialista da vida. A interpretação mítica dissolve-se num existencialismo que não deixa quase nada intacto no credo dos apóstolos.A conclusão final de Bultmann é que o mito ou forma de pensamento em que aparece envolvido o Evangelho apresenta-nos uma versão manipulada e desfigurada de Jesus, Filho de Deus, que morreu e ressuscitou. Esse mito transmite-nos um querigma, uma palavra divina dirigida ao homem, que este deve aceitar de maneira desmitificada, isto é desprovida de sua proteção. O Cristo com que nos encontramos hoje é o Cristo da evangelização, não o Jesus da história. É o querigma desmitificado de formas do passado, todavia existentes na fé e na pregação de Jesus, que nos obriga e nos defronta a uma opção entre uma vida autêntica e outra inautêntica.Da doutrina de Bultmann deduz-se que a fé cristã deve interessar-se pelo Jesus histórico para centrar-se no Cristo transcendente do querigma. A fé cristã, a fé no querigma da Igreja, pela qual se pode dizer que Jesus Cristo ressuscitou, e não fé no Jesus histórico.Todas as Igrejas, após reconhecer a boa vontade de Bultmann, rejeitam a postura radical do grande mestre. Sua doutrina permitiu reconstruir melhor o Jesus histórico e sua função dentro da teologia atual. Os mesmos discípulos de Bultmann evoluíram para uma nova hermenêutica e interpretação da forma linguística da existência.PENSAMENTOS DE RUDOLF BULTMANN"É precisamente pelo abandono radical e pela crítica consciente dessa cosmovisão mitológica da Bíblia que podemos trazer à luz a pedra de tropeço real, ou seja, o fato de que a palavra de Deus chama o ser humano a renunciar a toda segurança de obra humana.""A fé é a renúncia por parte do ser humano à sua própria segurança e a disposição de encontrá-la unicamente no além invisível, em Deus. Isso significa que a fé é uma segurança ali onde nenhuma segurança pode ser vista; é como disse Lutero, a disposição de entrar confiadamente nas trevas do futuro.""Creio que Deus atua aqui e agora, mas Sua ação é oculta, porque não é diretamente idêntica ao acontecimento visível. Ainda não sei o que Deus está fazendo, e talvez nunca chegue a sabê-lo, mas creio firmemente que é importante para minha existência pessoal, e devo perguntar-me o que é que Deus está me dizendo. Talvez esteja me dizendo apenas que devo aguentar em silêncio.""A graça de Deus é a graça que perdoa pecados, isto é ela liberta o ser humano de seu passado, que o mantém preso. Liberta-o daquela postura do ser humano que quer se assegurar, lançando por isso mão do que é disponível e apegando-se ao que é transitório e sempre já passado"."Portanto, o acontecimento ocorrido em Cristo é a revelação do amor de Deus, que liberta o ser humano de si mesmo, libertando-o para uma vida de entrega na fé e no amor. Fé como lberdade do ser humano de si mesmo, como abertura para o futuro, só é possível como fé no amor de Deus. Contudo, a fé no amor de Deus permanece auto-suficiência enquanto o amor de Deus for uma imagem criada pelo desejo, uma idéia, enquanto Deus não revelar seu amor. A fé cristã é fé em Cristo pelo fato de ser fé no amor revelado de Deus. Só quem já é amado pode amar"."A palavra de Deus exorta o ser humano a renunciar a seu egoísmo e à segurança ilusória que ele próprio construiu para si. Exorta-o a que se volte para Deus, que está além do mundo e do pensamento científico. Exorta-o, ao mesmo tempo, a que encontre seu verdadeiro eu. Porque o eu do ser humano, sua vida interior, sua existência pessoal também se encontra além do mundo visível e do pensamento racional. A palavra de Deus interpela o ser humano em sua existência pessoal e, assim, o liberta do mundo, da preocupação e da angústia que o oprimem tão logo se esquece do além".
Teólogo e escritor protestante alemão. Estudou teologia nas Universidades de Tubinga, Berlim e Marburgo. Professor nesta última universidade desde 1921 até a sua aposentadoria em 1951. Muito discutido, tanto nos círculos protestantes quanto nos católicos, por sua interpretação dos Evangelhos, da pessoa histórica de Jesus e de sua mensagem, aplicou as normas da crítica histórica do século XX, assim como o método das formas ao texto bíblico. Esteve em contato com as correntes filosóficas modernas, valendo-se, principalmente, da análise existencial de M. Heidegger. De imensa erudição e capacidade, é uma figura importante e discutida do pensamento cristão atual.Seu pensamento está contido principalmente em A história da tradição sinótica (1922), na qual analisa os evangelhos à luz das diferentes formas. E no Novo Testamento e mitologia (1941), obra várias vezes revisada e publicada em dois volumes sob o título de Querigma e mito (1961-1962). Em 1927 surgiram uma série de ensaios e escritos menores de Bultmann com o título de Existência e fé nos quais projeta sua visão cristã através do existencialismo.Uma análise da doutrina de Bultmann leva-nos às seguintes conclusões:1) Ceticismo quase absoluto sobre o valor histórico do Novo Testamento (NT). Para Bultmann, os evangelhos estão menos interessados na pessoa de Jesus e mais no período posterior à sua morte. Os evangelhos são simples construções convencionais posteriores.2) O cristianismo atual enlaça com o primitivo somente pela aceitação do querigma, que aparece em Rm 1,3-4; 6,3-4; At 2,21-24; 1Cor 11,23-26.3) Somente desta forma nós podemos saber nada sobre a vida e a personalidade do Jesus histórico. Assim como Barth, Bultmann reage contra a figura perfeita do Jesus histórico reconstruído pela teologia liberal do séc. XIX. É pouco o que sabemos e podemos reconstruir sobre a figura histórica de Jesus. As afirmaçõees do NT sobre ele não se referem à sua natureza, mas à sua significação.4) O tema central do evangelho é a morte e ressurreição de Jesus. A ressurreição não é um acontecimento objetivo, mas uma experiência viva que nos introduz numa nova dimensão da existência e nos liberta de nós mesmos, do pecado, para abrir-nos aos outros. Doutrinas tão báicas do cristianismo como a encarnação, morte, ressurreição e segunda vinda de Cristo dissipam-se numa interpretação existencialista da vida. A interpretação mítica dissolve-se num existencialismo que não deixa quase nada intacto no credo dos apóstolos.A conclusão final de Bultmann é que o mito ou forma de pensamento em que aparece envolvido o Evangelho apresenta-nos uma versão manipulada e desfigurada de Jesus, Filho de Deus, que morreu e ressuscitou. Esse mito transmite-nos um querigma, uma palavra divina dirigida ao homem, que este deve aceitar de maneira desmitificada, isto é desprovida de sua proteção. O Cristo com que nos encontramos hoje é o Cristo da evangelização, não o Jesus da história. É o querigma desmitificado de formas do passado, todavia existentes na fé e na pregação de Jesus, que nos obriga e nos defronta a uma opção entre uma vida autêntica e outra inautêntica.Da doutrina de Bultmann deduz-se que a fé cristã deve interessar-se pelo Jesus histórico para centrar-se no Cristo transcendente do querigma. A fé cristã, a fé no querigma da Igreja, pela qual se pode dizer que Jesus Cristo ressuscitou, e não fé no Jesus histórico.Todas as Igrejas, após reconhecer a boa vontade de Bultmann, rejeitam a postura radical do grande mestre. Sua doutrina permitiu reconstruir melhor o Jesus histórico e sua função dentro da teologia atual. Os mesmos discípulos de Bultmann evoluíram para uma nova hermenêutica e interpretação da forma linguística da existência.PENSAMENTOS DE RUDOLF BULTMANN"É precisamente pelo abandono radical e pela crítica consciente dessa cosmovisão mitológica da Bíblia que podemos trazer à luz a pedra de tropeço real, ou seja, o fato de que a palavra de Deus chama o ser humano a renunciar a toda segurança de obra humana.""A fé é a renúncia por parte do ser humano à sua própria segurança e a disposição de encontrá-la unicamente no além invisível, em Deus. Isso significa que a fé é uma segurança ali onde nenhuma segurança pode ser vista; é como disse Lutero, a disposição de entrar confiadamente nas trevas do futuro.""Creio que Deus atua aqui e agora, mas Sua ação é oculta, porque não é diretamente idêntica ao acontecimento visível. Ainda não sei o que Deus está fazendo, e talvez nunca chegue a sabê-lo, mas creio firmemente que é importante para minha existência pessoal, e devo perguntar-me o que é que Deus está me dizendo. Talvez esteja me dizendo apenas que devo aguentar em silêncio.""A graça de Deus é a graça que perdoa pecados, isto é ela liberta o ser humano de seu passado, que o mantém preso. Liberta-o daquela postura do ser humano que quer se assegurar, lançando por isso mão do que é disponível e apegando-se ao que é transitório e sempre já passado"."Portanto, o acontecimento ocorrido em Cristo é a revelação do amor de Deus, que liberta o ser humano de si mesmo, libertando-o para uma vida de entrega na fé e no amor. Fé como lberdade do ser humano de si mesmo, como abertura para o futuro, só é possível como fé no amor de Deus. Contudo, a fé no amor de Deus permanece auto-suficiência enquanto o amor de Deus for uma imagem criada pelo desejo, uma idéia, enquanto Deus não revelar seu amor. A fé cristã é fé em Cristo pelo fato de ser fé no amor revelado de Deus. Só quem já é amado pode amar"."A palavra de Deus exorta o ser humano a renunciar a seu egoísmo e à segurança ilusória que ele próprio construiu para si. Exorta-o a que se volte para Deus, que está além do mundo e do pensamento científico. Exorta-o, ao mesmo tempo, a que encontre seu verdadeiro eu. Porque o eu do ser humano, sua vida interior, sua existência pessoal também se encontra além do mundo visível e do pensamento racional. A palavra de Deus interpela o ser humano em sua existência pessoal e, assim, o liberta do mundo, da preocupação e da angústia que o oprimem tão logo se esquece do além".
Pressupostos hermenêuticos e teológicos de Rudolf Bultmann.
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
Pressupostos hermenêuticos e teológicos de Rudolf Bultmann.
Por Alexandre Honorato Oliveira.
Para poder entender os princípios hermenêuticos de Rudolf Bultmann é necessário que antes de qualquer coisa, tenhamos-nos a compreensão de como o pensamento deste grande teólogo do século XX foi sistematizado e de como as suas posições foram defendida ao longo do tempo, fazendo aqui um resumo de sua vida e de suas obras.
Rudolf Bultmann nasceu em 20 de Agosto de 1884 em Wefelstede (Oldenburg), sendo filho de pastor protestante. Fez os estudos superiores em Tubingen, Berlin e Marburgo, laureando-se em 1910, sob a orientação de Johannes Weiss, sua tese defendida tinha por título “O estilo da pregação paulina e a diatribe cínico-estoica”. Nos estudos secundários foi colega de Karl Jaspers. Em 1916 foi professor extraordinário em Breslau, indo em 1920 para Giessen e Marburgo em 1921.
No inicio de seus estudos Bultmann se definia como “teólogo liberal”, ele foi formado no clima da teologia liberal, más não demorou muito para aderir à teologia dialética, já em outubro de 1921 redigiu uma carta a Hans Von Soden em que indicava seu rompimento com a teologia liberal. Em 1924 publicou o artigo “A teologia liberal e o mais recente movimento religioso” em que afirmava o antropocentrismo da teologia de seus mestres. O objetivo do artigo era promover uma nova orientação para a revista liberal Christliche Welt. Neste período dialético, Bultmann escreve vários artigos entre 1925 e 1928, onde aparecem os princípios metodológicos que nortearão sua pesquisa. Publica em 1925 o artigo “O problema de uma exegese teológica do Novo Testamento” nesta época além de por fim em seus antigos ideais teológico, torna-se um grande crítico da teologia liberal, por considerá-la “uma reflexão que diviniza o homem e desvia-se do seu objetivo teológico”. Essa crítica de Bultmann à teologia liberal, marca sua presença cativa na teologia dialética. Publica ainda, em 1928, “O significado da ‘teologia dialética’ para a ciência neotestamentária”. Porém sua obra clássica “Jesus”, publicada em 1926, já marca os princípios que ele usará no importante “Manifesto da demitização” de 1941. Este manifesto, redigido quatro vezes que se completam no decurso de vinte anos, traz a síntese da reflexão bultmaniana que abordaremos mais detalhadamente aqui.
Para Bultmann, o conteúdo do Novo Testamento é mitológico, os relatos escritos pelos membros da igreja primitiva eram puros contos mitológicos, sendo “a imagem de mundo neotestamentária” (Weltbild) muito distinta daquela realidade. A imagem mítica do mundo fez com que os autores do Novo Testamento, Paulo, Pedro, João, Mateus, João Marcos, Lucas entre outros, registrassem os seus testemunhos numa linguagem que considera como conto Mitológico “a encarnação de um ser preexistente”, “a morte expiatória”, “a ressurreição”, “a descida aos infernos”, “o retorno no final dos tempos” e a “escatologia dos eventos finais”. Todos estes elementos precisam ser demitizados, para ser extraída a mensagem genuína dos textos neotestamentários.
Segundo o artigo[1] do professor Brian Gordon Lutalo Drumond Kibuuka docente da Faculdade de Teologia Wittenberg no Rio de Janeiro. A tarefa da demitização é:
“criticar a imagem de mundo do Novo Testamento (tarefa negativa) e esclarecer a verdadeira intenção do mito, encontrando assim a verdadeira intenção da Escritura (tarefa positiva). Para assim fazer, é preciso dar uma interpretação, fazer uma atualização, tornar evidente ao homem moderno a mensagem do Novo Testamento. Bultmann afirma que isto pode ser feito pela interpretação antropológica ou existencial (posteriormente chamada de hermenêutica existencial).”
As principais críticas feitas a Bultmann são de que a sua pré-compreensão heideggeriana[2] torna-se uma “camisa-de-força” (Barth), que não se deve demitizar os fatos da história (Cullmann) e que absolutizar o “Weltbild” da ciência moderna e adotar uma discutível concepção iluminista de mito desqualifica seu projeto (Jaspers).
É importante destacar que, na compreensão de Bultmann, a história da Literatura Cristã Primitiva é um projeto fadado ao fracasso, bem como a compreensão da “verdade” histórica sobre o homem Jesus. Para ele não é possível ambos projetos, mas que eles não são relevantes, porque o que importa de fato para a Igreja é crer em Jesus de Nazaré, o Cristo.
A visão que Bultmann tem dos Evangelhos é que eles contêm o que ele denomina “‘unidade de pregação’ da Igreja primitiva”. Para Bultmann os Evangelhos não é a história de Jesus, mas é a sistematização das formas literárias primitivas por meio das qual a Igreja primitiva prega Jesus – pregação esta denominada kérigma.
Portanto, para Bultmann, a fé é algo que não está no âmbito da história (passada e inexistente), mas no âmbito da própria existência (presente e real). Cada unidade de pregação, cada forma literária, cada parte do Evangelho é um chamamento a uma mudança na existência, uma chamada à decisão. Nesta chamada, o fundamental não é a história, mas a proclamação e a resposta a mesma.
[1] KIBUUKA, BRIAN G. L. DRUMOND. Sobre Rudolf Bultmann. Artigo extraído do ”blog” Estudos no Novo Testamento disponível em: http://estudosnonovotestamento.blogspot.com/2007/02/ sobre -rudolf-bultmann.html acesso em 15 mar 2008.
[2] Rudolf Bultmann foi catedrático na Faculdade de Teologia de Marburg, onde foi aluno de Martin Heidegger, professor de Filosofia na mesma universidade.
Postado por Alexandre H. Oliveira
Pressupostos hermenêuticos e teológicos de Rudolf Bultmann.
Por Alexandre Honorato Oliveira.
Para poder entender os princípios hermenêuticos de Rudolf Bultmann é necessário que antes de qualquer coisa, tenhamos-nos a compreensão de como o pensamento deste grande teólogo do século XX foi sistematizado e de como as suas posições foram defendida ao longo do tempo, fazendo aqui um resumo de sua vida e de suas obras.
Rudolf Bultmann nasceu em 20 de Agosto de 1884 em Wefelstede (Oldenburg), sendo filho de pastor protestante. Fez os estudos superiores em Tubingen, Berlin e Marburgo, laureando-se em 1910, sob a orientação de Johannes Weiss, sua tese defendida tinha por título “O estilo da pregação paulina e a diatribe cínico-estoica”. Nos estudos secundários foi colega de Karl Jaspers. Em 1916 foi professor extraordinário em Breslau, indo em 1920 para Giessen e Marburgo em 1921.
No inicio de seus estudos Bultmann se definia como “teólogo liberal”, ele foi formado no clima da teologia liberal, más não demorou muito para aderir à teologia dialética, já em outubro de 1921 redigiu uma carta a Hans Von Soden em que indicava seu rompimento com a teologia liberal. Em 1924 publicou o artigo “A teologia liberal e o mais recente movimento religioso” em que afirmava o antropocentrismo da teologia de seus mestres. O objetivo do artigo era promover uma nova orientação para a revista liberal Christliche Welt. Neste período dialético, Bultmann escreve vários artigos entre 1925 e 1928, onde aparecem os princípios metodológicos que nortearão sua pesquisa. Publica em 1925 o artigo “O problema de uma exegese teológica do Novo Testamento” nesta época além de por fim em seus antigos ideais teológico, torna-se um grande crítico da teologia liberal, por considerá-la “uma reflexão que diviniza o homem e desvia-se do seu objetivo teológico”. Essa crítica de Bultmann à teologia liberal, marca sua presença cativa na teologia dialética. Publica ainda, em 1928, “O significado da ‘teologia dialética’ para a ciência neotestamentária”. Porém sua obra clássica “Jesus”, publicada em 1926, já marca os princípios que ele usará no importante “Manifesto da demitização” de 1941. Este manifesto, redigido quatro vezes que se completam no decurso de vinte anos, traz a síntese da reflexão bultmaniana que abordaremos mais detalhadamente aqui.
Para Bultmann, o conteúdo do Novo Testamento é mitológico, os relatos escritos pelos membros da igreja primitiva eram puros contos mitológicos, sendo “a imagem de mundo neotestamentária” (Weltbild) muito distinta daquela realidade. A imagem mítica do mundo fez com que os autores do Novo Testamento, Paulo, Pedro, João, Mateus, João Marcos, Lucas entre outros, registrassem os seus testemunhos numa linguagem que considera como conto Mitológico “a encarnação de um ser preexistente”, “a morte expiatória”, “a ressurreição”, “a descida aos infernos”, “o retorno no final dos tempos” e a “escatologia dos eventos finais”. Todos estes elementos precisam ser demitizados, para ser extraída a mensagem genuína dos textos neotestamentários.
Segundo o artigo[1] do professor Brian Gordon Lutalo Drumond Kibuuka docente da Faculdade de Teologia Wittenberg no Rio de Janeiro. A tarefa da demitização é:
“criticar a imagem de mundo do Novo Testamento (tarefa negativa) e esclarecer a verdadeira intenção do mito, encontrando assim a verdadeira intenção da Escritura (tarefa positiva). Para assim fazer, é preciso dar uma interpretação, fazer uma atualização, tornar evidente ao homem moderno a mensagem do Novo Testamento. Bultmann afirma que isto pode ser feito pela interpretação antropológica ou existencial (posteriormente chamada de hermenêutica existencial).”
As principais críticas feitas a Bultmann são de que a sua pré-compreensão heideggeriana[2] torna-se uma “camisa-de-força” (Barth), que não se deve demitizar os fatos da história (Cullmann) e que absolutizar o “Weltbild” da ciência moderna e adotar uma discutível concepção iluminista de mito desqualifica seu projeto (Jaspers).
É importante destacar que, na compreensão de Bultmann, a história da Literatura Cristã Primitiva é um projeto fadado ao fracasso, bem como a compreensão da “verdade” histórica sobre o homem Jesus. Para ele não é possível ambos projetos, mas que eles não são relevantes, porque o que importa de fato para a Igreja é crer em Jesus de Nazaré, o Cristo.
A visão que Bultmann tem dos Evangelhos é que eles contêm o que ele denomina “‘unidade de pregação’ da Igreja primitiva”. Para Bultmann os Evangelhos não é a história de Jesus, mas é a sistematização das formas literárias primitivas por meio das qual a Igreja primitiva prega Jesus – pregação esta denominada kérigma.
Portanto, para Bultmann, a fé é algo que não está no âmbito da história (passada e inexistente), mas no âmbito da própria existência (presente e real). Cada unidade de pregação, cada forma literária, cada parte do Evangelho é um chamamento a uma mudança na existência, uma chamada à decisão. Nesta chamada, o fundamental não é a história, mas a proclamação e a resposta a mesma.
[1] KIBUUKA, BRIAN G. L. DRUMOND. Sobre Rudolf Bultmann. Artigo extraído do ”blog” Estudos no Novo Testamento disponível em: http://estudosnonovotestamento.blogspot.com/2007/02/ sobre -rudolf-bultmann.html acesso em 15 mar 2008.
[2] Rudolf Bultmann foi catedrático na Faculdade de Teologia de Marburg, onde foi aluno de Martin Heidegger, professor de Filosofia na mesma universidade.
Postado por Alexandre H. Oliveira
Rudolf Bultmann: Acadêmico da Fé
Rudolf Bultmann: Acadêmico da Fé
by David L. Edwards por David L. Edwards
Canon David Edwards is rector of St. Margaret's, Westminster, and subdean of Westminster Abbey. Canon David Edwards é reitor de St. Margaret's, Westminster, e Vice-Decano de Westminster Abbey. This article appeared in the Christian Century , September 1-8, 1976, pp. 728-730. Este artigo foi publicado no Christian Century, 1-8 setembro, 1976, pp. 728-730. Copyright by The Christian Century Foundation; used by permission. Copyright by The Christian Century Foundation, usadas com permissão. Current articles and subscription information can be found at www.christiancentury.org . Artigos atuais e informações de inscrição podem ser encontrados em www.christiancentury.org . This material was prepared for Religion Online by Ted and Winnie Brock. Este material foi preparado para a religião Online por Ted e Brock Winnie.
Rudolf Bultmann -- who died on July 30, 1976 at the advanced age of 91 Rudolf Bultmann - que morreu em 30 de julho de 1976, com a idade avançada de 91 -- - was the last of the theological giants who grew up in the universities of the Kaiser's Germany (he began to study theology in 1903 foi o último dos gigantes teológica que cresceu nas universidades da Alemanha, o Kaiser (ele começou a estudar teologia em 1903 at 19), a 19), and the last of the prophets who struggled to hear the word of the Christians' Lord after what had happened in 1914. eo último dos profetas, que se esforçou para ouvir a palavra do Senhor, os cristãos ", depois do que tinha acontecido em 1914. Teaching New Testament at Marburg University from 1921 Ensinamento do Novo Testamento na Universidade de Marburg de 1921 to 1951 , Bultmann exerted all his many talents in order to recover the highest tradition of German biblical scholarship after the interruption of the war. a 1951, Bultmann exerceu todos os seus muitos talentos, a fim de recuperar a maior tradição de estudos bíblicos alemães após a interrupção da guerra. Giving his acute and well-stored mind to the problems of biblical interpretation, or hermeneutics, he developed the science of form criticism with Martin Dibelius. Dando a sua mente aguda e bem armazenados para os problemas de interpretação bíblica, ou hermenêutica, ele desenvolveu a ciência da crítica da forma com Martin Dibelius. However, he also took very seriously the world around him -- the postwar world of the Weimar Republic, groping for financial as well as spiritual stability (in the end, its gospel was Mein Kampf). No entanto, ele também levou muito a sério o mundo à sua volta - o mundo do pós-guerra da República de Weimar, tateando financeira, bem como a estabilidade espiritual (no final, o seu evangelho foi Mein Kampf).
I Eu
Absorbed as he was in his New Testament studies, Bultmann took time off to listen to his colleague Martin Heidegger, who was professor of philosophy at Marburg from 1923 Absorvido como estava em seus estudos do Novo Testamento, Bultmann teve tempo para ouvir o seu colega Martin Heidegger, que foi professor de filosofia em Marburg de 1923 to '28. de '28. To Bultmann's delight he found in that colleague's philosophy a secular preparation for the New Testament's essential gospel. Para deleite de Bultmann que encontrou no colega, que é uma filosofia secular preparação para o Novo Testamento do evangelho essencial. It was a philosophy articulated, though obscurely, in the unfinished Being and Time (1927). Era uma filosofia articulada, embora obscuramente, no inacabado Ser e Tempo (1927). It was a philosophy which defined being by reference to nonbeing, time by reference to death -- and thus seemed to Bultmann to be the best available analysis of man waiting and listening for God. Era uma filosofia que ser definido por referência a não existir tempo, por referência à morte - e, portanto, parecia Bultmann a análise do melhor disponível do homem espera e escuta de Deus.
John Macquarrie's wonderfully lucid book An Existentialist Theology: A Comparison of Heidegger and Bultmann (Harper & Row, 1955) maravilhosamente lúcido livro de John Macquarrie um existencialista Teologia: Uma comparação de Heidegger e Bultmann (Harper & Row, 1955) can give to English-speaking audiences who wish to understand a little more about the spirit of this century a thorough introduction to Bultmann's use of Heidegger. pode dar ao público Inglês-speaking que desejam entender um pouco mais sobre o espírito deste século uma introdução aprofundada ao uso de Bultmann de Heidegger. The point for us is that for these two 20th A questão para nós é que para estes dois 20 century professors -- as much as for any mystic wrapped in contemplation in some more remote ashram -- the inevitability of death brought one face to face with the question of whether his existence had any point. professores século - tanto quanto para qualquer envolvido na contemplação mística, em alguns ashram mais remotas - a inevitabilidade da morte trouxe um cara a cara com a questão da sua existência tinha qualquer ponto.
Heidegger wrote in a strange prose. Heidegger escreveu em prosa estranha. It was the dance of the bloodless categories of German philosophy across the deathbed. Era a dança das categorias incruenta da filosofia alemã em todo o leito de morte. Bultmann seized what he could use of these ideas: the anxiety produced by the existential question; the dread produced by the answer of death to all; the attempted flight into worldly business, social status and ephemera; the rare courage to begin an existence which would be authentic because open-eyed. Bultmann apreendidos que ele poderia usar essas idéias: a ansiedade produzida pela questão existencial, o medo produzido pela resposta de morte para todos, a tentativa de fuga em negócios mundanos, status social e ephemera, a rara coragem de começar uma existência que ser autêntico, porque de olhos abertos. Bultmann seized these ideas because he saw in them a portrait of man without God, and because they seemed likely to awaken man to the possibility of hearing the answer to his existential question in the New Testament. Bultmann apreendidos estas ideias porque viu neles um retrato do homem sem Deus, e porque parecia que iria despertar o homem para a possibilidade de ouvir a resposta à sua questão existencial do Novo Testamento.
In interpreting his biblical texts Bultmann made use of these ideas with a vigor which promises that his basic principles of interpretation may survive, still seem valid, when the misty vocabulary of Heidegger's early philosophy no longer seems compelling. Na interpretação de seus textos bíblicos Bultmann feito uso dessas idéias com um vigor que promete que os seus princípios básicos de interpretação poderão sobreviver, ainda parece válida, quando o vocabulário nebuloso da filosofia de Heidegger precoce não parece mais convincente. At any rate, Bultmann always emphasized that it was his task as a Christian theologian to offer answers, whereas the task of a philosopher was only to sharpen the questions (and particularly the question about human existence). De qualquer forma, Bultmann sempre enfatizou que era a sua tarefa como um teólogo cristão para oferecer respostas, considerando que a tarefa do filósofo era só para aguçar as perguntas (e particularmente a questão sobre a existência humana). Bultmann was very far from being stooge to Heidegger, whatever critics from the Catholic or Protestant right may have alleged. Bultmann era muito longe de ser coadjuvante para Heidegger, o que os críticos da Igreja Católica ou Protestante pode ter direito alegado. It is for us to ask what in his theological achievement was authentic, now that we can begin to see his life in perspective. Cabe-nos a perguntar o que na sua realização teológica era autêntico, agora que podemos começar a ver a sua vida em perspectiva.
II II
We immediately notice the authority given to his constructive theology by his devotion as a student of the New Testament. Nós imediatamente aviso a autoridade dada a sua teologia construtiva por sua dedicação como estudante do Novo Testamento. Because he spent his life trying to see more precisely what the primitive Christian community and its theologians saw in Jesus, he was better equipped than his fellow giants, Barth and Tillich, to declare what the 20th Porque ele passou a vida tentando ver de forma mais precisa que a comunidade cristã primitiva e seus teólogos viu Jesus, ele estava melhor equipado do que o seu companheiro gigantes, Barth e Tillich, para declarar que a 20 century might see in the same provocative Lord. século pode ver no mesmo Senhor provocante.
The literary monuments remain. Os monumentos literários permanecem. His 1921 Sua 1921 work History of the Synoptic Tradition (Harper & Row, 1963) História do trabalho da tradição sinótica (Harper & Row, 1963) has been available in English for over a decade, and was joined in 1971 está disponível em Inglês para mais de uma década, e se juntou em 1971 by an edition of his 1941 por uma edição de seu 1941 commentary, The Gospel of John (Westminster). comentário, o Evangelho de João (Westminster). A powerful essay of 1926, Um ensaio poderoso de 1926, Jesus and the Word (Scribners, 1934), Jesus e da Palavra (Scribners, 1934), has more recently won large sales as a paperback. mais recentemente tem ganhado grandes vendas como um rascunho. But the book which demanded immediate translation in the 1950s Mas o livro que exigiu tradução imediata em 1950 and has been widely used by students was his two volume Theology of the New Testament (Scribner's, 1951, e tem sido amplamente utilizada pelos estudantes foi a sua teologia em dois volumes do Novo Testamento (Scribner, 1951, '55). '55). With its introductory pages on the historical Jesus as the proclaimer of the coming Kingdom of God, this work gives a superb analysis of the proclamation of the eternal Christ by Judaists and Hellenists in Christianity's first years, by Paul and John, and by the apostolic fathers. Com suas páginas introdutórias sobre o Jesus histórico como o proclamador do Reino de Deus, este trabalho apresenta uma análise excelente da proclamação do Cristo eterno por judaístas e helenistas nos primeiros anos do cristianismo, por Paul e John, e os Padres Apostólicos .
Before the flourishing of Bultmann's career, New Testament scholarship had been dominated by literary criticism, which attempted to uncover the secret of how the texts were compiled; by investigation of the Hellenistic background, especially the mystery religions surrounding the early church, as part of a sociological critique of the history of religion; and by excitement about the apocalyptic content of the teaching of Jesus as a first century Jew. Antes do florescimento da carreira de Bultmann, bolsa de estudos do Novo Testamento havia sido dominado pela crítica literária, que tentou desvendar o segredo de como os textos foram compilados, pela investigação dos antecedentes helenística, especialmente as religiões de mistério em torno da igreja primitiva, como parte de um A crítica sociológica da história da religião, e pelo entusiasmo com o teor apocalíptico do ensino de Jesus como um judeu do primeiro século. Bultmann incorporated what he regarded as the results of these previous inquiries, but his own scholarly interests took him in other directions, for he was not moved by the old fascination with historical research, the life of the church in society, or the life of Jesus. Bultmann incorporou o que ele considerava como os resultados desses inquéritos anteriores, mas os seus interesses acadêmicos levou em outras direções, pois ele não foi movido pelo fascínio de idade com a pesquisa histórica, a vida da Igreja na sociedade, ou a vida de Jesus . "I often have the impression that my conservative New Testament colleagues feel very uncomfortable, for I see them perpetually engaged in salvage operations," he wrote in 1927. "Eu sempre tenho a impressão de que meu colegas conservadores do Novo Testamento se sentir muito desconfortável, pois eu vê-los perpetuamente envolvidos em operações de resgate", escreveu ele em 1927. "I calmly let the fire burn, for I see that what is consumed is only the fanciful portraits of Life-of-Jesus theology, and that means nothing other than 'Christ after the flesh.' "Eu calmamente deixar o fogo queimar, pois vejo que o que é consumido é apenas o retrato fantasioso da teologia da vida-de-Jesus, o que significa nada mais do que" Cristo segundo a carne ". But 'Christ after the flesh' is no concern of ours. How things looked in the heart of Jesus I do not know and do not wish to know." Mas "Cristo segundo a carne" não é uma preocupação nossa. Como as coisas pareciam no coração de Jesus eu não sei e não querem saber. "
Bultmann's concern about what it meant for a person or a community to proclaim Jesus as Lord led straight into a field ripe for scholarly exploitation. preocupação de Bultmann sobre o que significava para uma pessoa ou uma comunidade de proclamar Jesus como Senhor levou em linha reta em um campo maduro para a exploração científica. He had new questions, not about life but about its meaning. Ele tinha perguntas novas, e não sobre a vida, mas sobre o seu significado. How did the early church, in the course of its eucharistic or missionary preaching, retell the story of Jesus and reshape or invent stories about his miracles and sayings, his birth and resurrection? Como é que a igreja primitiva, no decurso da sua pregação eucarística ou missionário, recontar a história de Jesus e reformular ou inventar histórias sobre seus milagres e palavras, seu nascimento e ressurreição? How did the earliest preachers proclaim Christ as the Lord of life -- not merely of exotic religion? Como é que os primeiros pregadores anunciar Cristo como Senhor da vida - não apenas da religião exótica? And how did the transformation of life which these Christians experienced, and their knowledge of a salvation which was already theirs, so dominate their thinking and so infuse their preaching that other matters seemed trivial in comparison -- the postponement of the Lord's visible Second Coming, the actual content of the Lord's original message, and even his historical personality? E como foi a transformação de vida que os cristãos experientes e seu conhecimento de uma salvação que já era deles, assim dominar seus pensamentos e então, infundir a sua pregação parecia que outras questões triviais em comparação - o adiamento da visível do Senhor Second Coming, o conteúdo da mensagem original do Senhor, e até mesmo a sua personalidade histórica?
Bultmann pictured the thrills of life, thought and preaching in the first and second Christian generations as taking place against a sophisticated, largely gentile background, a setting for a dialogue not unlike his own with the secular philosopher Heidegger in Marburg. Bultmann retratado as emoções da vida, do pensamento e pregação na primeira e segunda gerações cristãs como tendo lugar contra um sofisticado fundo largamente Gentile, um espaço para um diálogo e não ao contrário dele próprio, com o filósofo secular Heidegger em Marburg. He was able to picture early Christianity this way with the more assurance because he did most of his scholarly work before attention shifted back to Palestine in the time of Jesus (thanks in part to the discovery of the Dead Sea Scrolls), and before the themes of light against darkness, life against death, came in the 1960s Ele foi capaz de imagem cristianismo primitivo desta maneira com os mais seguros porque ele fez a maioria de seus trabalhos acadêmicos atenção antes deslocado de volta para a Palestina no tempo de Jesus (graças em parte à descoberta dos Manuscritos do Mar Morto), e antes que os temas da luz contra as trevas, da vida contra a morte, veio na década de 1960 to be understood as first century Jewish themes. deve ser entendido como o primeiro século temas judaicos. A Palestinian background has been claimed once again even for the Fourth Gospel. Um fundo palestino foi reivindicada, mais uma vez, mesmo para o Quarto Evangelho.
In any case it was probably inevitable that Bultmann's pupils (such as Günther Bornkamm) -- while accepting his negative verdicts that Jesus did not think of himself as Messiah, Son of God, or Son of Man -- should refuse to accept the dispiriting embargo on all discussion about how Jesus did regard himself, and refuse as well to accept the excessively rigorous skepticism about the facts behind the Gospels' literary forms. Em qualquer caso, provavelmente era inevitável que os alunos Bultmann (como Günther Bornkamm) - embora aceitando o seu veredicto negativo que Jesus não pensa em si mesmo como Messias, Filho de Deus, ou Filho do Homem - se recusar a aceitar o embargo dispiriting em toda a discussão sobre como Jesus fez-se em conta, e se recusam a aceitar bem o ceticismo excessivamente rigorosa sobre os fatos por trás de formas literárias dos Evangelhos. The quest for the historical Jesus was resumed, although in a new way, with the realization that Jesus and his followers regarded that one historical life as the "turning of the ages." A busca pelo Jesus histórico foi retomada, embora de uma maneira nova, com a percepção de que Jesus e seus seguidores considerado que uma vida histórica como a "virada dos séculos."
III III
We can now begin to see Bultmann's New Testament work as a phase in the ongoing story. Agora podemos começar a ver o trabalho do Novo Testamento Bultmann como uma fase da história em curso. Its intrinsic importance may be indicated by saying simply that no greater New Testament scholar has ever lived. Sua importância intrínseca pode ser indicada por dizer simplesmente que não há maior estudioso do Novo Testamento já viveu. But it was no accident that the preaching of the early Christians fascinated him, for Bultmann himself regarded his scholarly work as a service to preaching. Mas não foi por acaso que a pregação dos primeiros cristãos o fascinava, para Bultmann se considerada a sua obra acadêmica como um serviço de pregação. His famous proposal for "demythologizing" the New Testament originated in a 1941 Sua proposta para o famoso "desmitificar" o Novo Testamento originou em 1941 um lecture, subsequently duplicated, which was designed to be a help in pastoralia to former pupils serving as chaplains in Hitler's army. palestra, em seguida repetido, o que foi projetado para ser uma ajuda na pastoralia para ex-alunos atuando como capelão no exército de Hitler. As much as Karl Barth, Bultmann wanted everyone to enter the illusion-shattering crisis of hearing the Word of God. Assim como Karl Barth, Bultmann queria que todos a entrar na crise ilusão estilhaçando-de ouvir a Palavra de Deus. He too rejected the liberal Protestant map of knowledge and life, its comfortable synthesis of religion and society, Fatherhood and brotherhood, and he never entirely lost the sense of crisis which in the 1920s Ele também rejeitou o mapa liberal protestante do conhecimento e da vida, a sua síntese confortável de religião e sociedade, paternidade e da fraternidade, e ele nunca perdeu inteiramente o sentido da crise que em 1920 had caused his theology to seem "dialectical" like Barth's. causou a sua teologia para parecer "dialética" como Barth. But he knew more than Barth did about what was actually in the mind of modern man -- or perhaps he was not so dismayed by it. Mas ele sabia mais do que Barth teve sobre o que estava realmente na mente do homem moderno - ou talvez ele não estava tão desanimado por ele.
His Gifford Lectures at Edinburgh on The Presence of Eternity: History and Eschatology (Harper, 1957) Sua Gifford Lectures em Edimburgo, em presença da eternidade: História e escatologia (Harper, 1957) and various books of essays -- the most notable collections in English being Faith and Understanding (Harper & Row, 1969) e vários livros de ensaios - o mais notáveis colecções em Inglês Fé estar e entendimento (Harper & Row, 1969) and Existence and Faith (World, 1960) e Existência e Fé (World, 1960) -- - show over how long a period, and in relation to how many challenges, he worked out his own presentation of the Word of God to our time. show mais quanto tempo, e em relação à forma como muitos desafios, ele trabalhou a sua própria apresentação da Palavra de Deus ao nosso tempo. But the clearest summary is to be found in his little book of lectures to young Americans in 1951, Mas a mais clara resumo pode ser encontrado em seu pequeno livro de palestras para jovens americanos em 1951, Jesus Christ and Mythology (Scribner's, 1958). Jesus Cristo e Mitologia (Scribner, 1958). For all his thoughts were unified around the desire of his heart to encourage or to shock students of theology into preaching a relevant Christ. Para todos os seus pensamentos foram unificadas em torno do desejo de seu coração para incentivar ou choque estudantes de teologia em pregar um Cristo relevantes.
He thought that it was possible to strip away the metaphysical doctrines of the church fathers and the mythological stories of the first Christians to reach a Lord whose impact would transform modern lives. Ele pensou que era possível despir as doutrinas metafísicas dos Padres da Igreja e as histórias mitológicas dos primeiros cristãos a chegar a um senhor, cujo impacto seria transformar a vida moderna. He thought that in this Lord alone, "saving" or "justifying" faith could and should be placed. Ele pensou que, neste Senhor sozinho, "salvar" ou "justificação pela fé" poderiam e deveriam ser colocados. (Bultmann never ceased to be a Lutheran.) How, then, was faith to be born? (Bultmann nunca deixou de ser um luterano.) Como, então, foi a fé de nascer? By going to the death of Jesus. Indo até a morte de Jesus. On the wood of the cross, the existence of this strange man was questioned by the hard nails of the world. No madeiro da cruz, a existência deste estranho homem foi interrogado pela pregos duros do mundo. In every generation those who decided for themselves that the crucified Jesus was right -- rather than his enemies -- had Christian faith, and the rising of their faith was the one perpetual miracle. Em cada geração, aqueles que decidiram por si mesmos que o Jesus crucificado estava certo - ao invés de seus inimigos - tinham fé cristã, eo aumento de sua fé foi um milagre perpétuo. It was the Easter of faith in a world naturally progressing toward winter. Foi a Páscoa da fé em um mundo naturalmente progredindo para o inverno.
What, then, did it mean to say that Jesus was right? Qual é, então, não significa dizer que Jesus estava certo? It meant to put one's own trust where Jesus put it, in God and God's future. Isso significava colocar a própria confiança em que Jesus disse, em Deus e no futuro de Deus. Bultmann's central concern was precisely the opposite of the wish to reduce theology to anthropology, but he was passionately "subjective" in the sense of believing that God could never be a mere "object" to the believer. Bultmann preocupação central era precisamente o oposto do desejo de reduzir a teologia a antropologia, mas ele estava apaixonado "subjetivo" no sentido de acreditar que Deus jamais poderia ser um objeto de "simples" para o crente.
One could not know much about God, only what God did for one. Não se pode saber muito sobre Deus, apenas o que Deus fez para um. (When Macquarrie urged him to follow Tillich in using the philosophy of Being to reconstruct a purified theism, Bultmann could only confess: "I myself cannot conceive of an ontological basis.") One could not do much for God, only gamble one's life on his reality and on his power to uphold one. (Quando Macquarrie pediu-lhe para seguir Tillich em usar a filosofia do Ser, para reconstruir um teísmo purificado, Bultmann só podia confessar: "Eu mesmo não se pode conceber uma base ontológica.") Não se pode fazer muito para Deus, só jogar a vida no sua realidade e em seu poder para manter um. One could not say much to God, only give thanks and surrender. Não se podia dizer muito a Deus, só agradecer e render-se. He saw eschatology (the announcement that ordinary things were ending) as the heart of the gospel, but his eschatology was not a description of the world's history to come, and its preaching was not a visible exhibition. Ele viu a escatologia (o anúncio de que as coisas comuns foram ending) como o coração do evangelho, sua escatologia, mas não era uma descrição da história do mundo está por vir, e sua pregação não era uma exposição visível. It was an address to the individual, an address about that individual's life and death, an address which reached that individual's heart. Foi um endereço para o indivíduo, um endereço de e sobre a vida do indivíduo e da morte, um endereço que atingiu o coração do indivíduo.
That decision of faith mattered most to Bultmann of all the items which have collected into the creeds and confessions of Christendom. Essa decisão de fé que mais importava para Bultmann de todos os itens que foram coletados no credos e confissões da cristandade. Many have criticized this view for being too narrow. Muitos têm criticado essa visão por ser muito estreito. What about the history of Israel? E sobre a história de Israel? What about the problems of ethics? E sobre os problemas da ética? What about social responsibility? E quanto a responsabilidade social? What about the scientific view of nature? E sobre a visão científica da natureza? What about the philosophical status of talk about God (Wittgenstein and the later Heidegger)? E sobre o estatuto filosófico de falar de Deus (Wittgenstein e Heidegger)? But Bultmann gave his answer to such criticisms -- in, for example, his contribution to the volume of essays edited by Charles W. Kegley, The Theology of Rudolf Bultmann (Harper & Row, 1966). Mas Bultmann deu sua resposta a essas críticas -, por exemplo, o seu contributo para o volume de ensaios editada por Charles W. Kegley, A Teologia de Rudolf Bultmann (Harper & Row, 1966).
His answer was not that such general questions were boring. Sua resposta não foi a de que tais questões gerais estavam furando. The survey of his theology by Walter Schmithals ( Introduction to the Theology of Rudolf Bultmann [Augsburg, 1968]) successfully demonstrates how wide was his scope. O estudo de sua teologia por Walter Schmithals (Introdução à Teologia de Rudolf Bultmann [Augsburg, 1968]) com sucesso demonstra quão grande era o seu alcance. But he was primarily a New Testament scholar, not a philosopher; his datum was Scripture. Mas era sobretudo um estudioso do Novo Testamento, e não um filósofo, seu dado foi Escritura. Even more important for him, as limiting his task, was the background to all his thinking for half a century: Ainda mais importante para ele, como limitar a sua tarefa, foi o pano de fundo para todos os seus pensamentos por meio século:
Germany in anxiety, Germany in hysteria, Germany in flames, Germany in reconstruction from the foundations. Alemanha na ansiedade, na Alemanha, em histeria, Alemanha, em chamas, na Alemanha, na reconstrução das fundações. While not neglecting his duties to his day as a professor or citizen (he supported the anti-Nazi Confessing Church and welcomed the Americans in 1945), Apesar de não negligenciar seus deveres para com o seu dia como um professor ou um cidadão (que apoiava o anti-nazista Igreja Confessante e congratulou-se com os norte-americanos em 1945), he felt called to essentially one work as a preacher. ele sentiu-se chamado para um trabalho essencialmente como um pregador. He drew out of the New Testament, and particularly from the faith of the apostles as they looked back at the cross of Jesus, the belief that it was the world which was dying, not God who was dead. Ele tirou do Novo Testamento, e particularmente a partir da fé dos Apóstolos em que olhou para a cruz de Jesus, a crença de que era o mundo que estava morrendo, e não Deus, que estava morto.
In his volume of wartime Marburg sermons, translated as This World and the Beyond (Scribner's, 1960), Em seu volume de Marburg sermões de guerra, traduzido como O Mundo e Beyond (Scribner, 1960), he did not supply a commentary on the news. ele não forneceu um comentário sobre a notícia. Instead -- and with as much success as any Christian preacher could expect -- he addressed the fears which gripped young and old. Em vez disso - e com tanto sucesso quanto qualquer pregador cristão poderia esperar - ele dirigiu-se ao medo que prendeu jovens e velhos. It was a traditional and individualist message, and he would say much the same thing to Sheffield industrial workers in time of peace (reprinted in The Honest to God Debate). It was not colloquial; it was not sociological. Foi uma mensagem de e individualista tradicional, e ele diria a mesma coisa para trabalhadores industriais Sheffield em tempo de paz (reimpresso em The Honest to God Debate). Não era coloquial, mas não foi sociológica. But in point of fact Bultmann's theology helped to keep many individuals within the great tradition of faith in the eternal God, the God revealed in the crisis of the gospel of Christ; for in the jargon, although his work was to "demythologize," he refused to "dekerygmatize." Mas na verdade a teologia de Bultmann ajudou a manter muitos indivíduos dentro da tradição da fé no Deus eterno, o Deus revelado na crise do evangelho de Cristo, no jargão, embora o seu trabalho foi "desmitificar", ele recusou-se a "dekerygmatize".
There were plenty of men (Karl Jaspers, Fritz Bun, Herbert Braun and others) who urged him to complete his program by a thoroughgoing secularization, but Bultmann obstinately insisted on the power and grace of the Other who comes. Havia uma abundância dos homens (Karl Jaspers, Fritz Bun, Herbert Braun e outros) que o incentivou a completar o seu programa por uma profunda secularização, mas insistia Bultmann sobre o poder ea graça do Outro que vem. He knew. Ele sabia. He had met him. Ele tinha encontrado. This is his glory, in an age which has exalted research above the encounters of life, and which has obscured God by the massive horrors of politics as well as by the petty sentimentalities of religion. Esta é a sua glória, numa época em que exaltou a investigação sobre o encontro da vida, e que Deus tem obscurecido pelos horrores da grande política, bem como pelos sentimentalismos mesquinhos de religião.
by David L. Edwards por David L. Edwards
Canon David Edwards is rector of St. Margaret's, Westminster, and subdean of Westminster Abbey. Canon David Edwards é reitor de St. Margaret's, Westminster, e Vice-Decano de Westminster Abbey. This article appeared in the Christian Century , September 1-8, 1976, pp. 728-730. Este artigo foi publicado no Christian Century, 1-8 setembro, 1976, pp. 728-730. Copyright by The Christian Century Foundation; used by permission. Copyright by The Christian Century Foundation, usadas com permissão. Current articles and subscription information can be found at www.christiancentury.org . Artigos atuais e informações de inscrição podem ser encontrados em www.christiancentury.org . This material was prepared for Religion Online by Ted and Winnie Brock. Este material foi preparado para a religião Online por Ted e Brock Winnie.
Rudolf Bultmann -- who died on July 30, 1976 at the advanced age of 91 Rudolf Bultmann - que morreu em 30 de julho de 1976, com a idade avançada de 91 -- - was the last of the theological giants who grew up in the universities of the Kaiser's Germany (he began to study theology in 1903 foi o último dos gigantes teológica que cresceu nas universidades da Alemanha, o Kaiser (ele começou a estudar teologia em 1903 at 19), a 19), and the last of the prophets who struggled to hear the word of the Christians' Lord after what had happened in 1914. eo último dos profetas, que se esforçou para ouvir a palavra do Senhor, os cristãos ", depois do que tinha acontecido em 1914. Teaching New Testament at Marburg University from 1921 Ensinamento do Novo Testamento na Universidade de Marburg de 1921 to 1951 , Bultmann exerted all his many talents in order to recover the highest tradition of German biblical scholarship after the interruption of the war. a 1951, Bultmann exerceu todos os seus muitos talentos, a fim de recuperar a maior tradição de estudos bíblicos alemães após a interrupção da guerra. Giving his acute and well-stored mind to the problems of biblical interpretation, or hermeneutics, he developed the science of form criticism with Martin Dibelius. Dando a sua mente aguda e bem armazenados para os problemas de interpretação bíblica, ou hermenêutica, ele desenvolveu a ciência da crítica da forma com Martin Dibelius. However, he also took very seriously the world around him -- the postwar world of the Weimar Republic, groping for financial as well as spiritual stability (in the end, its gospel was Mein Kampf). No entanto, ele também levou muito a sério o mundo à sua volta - o mundo do pós-guerra da República de Weimar, tateando financeira, bem como a estabilidade espiritual (no final, o seu evangelho foi Mein Kampf).
I Eu
Absorbed as he was in his New Testament studies, Bultmann took time off to listen to his colleague Martin Heidegger, who was professor of philosophy at Marburg from 1923 Absorvido como estava em seus estudos do Novo Testamento, Bultmann teve tempo para ouvir o seu colega Martin Heidegger, que foi professor de filosofia em Marburg de 1923 to '28. de '28. To Bultmann's delight he found in that colleague's philosophy a secular preparation for the New Testament's essential gospel. Para deleite de Bultmann que encontrou no colega, que é uma filosofia secular preparação para o Novo Testamento do evangelho essencial. It was a philosophy articulated, though obscurely, in the unfinished Being and Time (1927). Era uma filosofia articulada, embora obscuramente, no inacabado Ser e Tempo (1927). It was a philosophy which defined being by reference to nonbeing, time by reference to death -- and thus seemed to Bultmann to be the best available analysis of man waiting and listening for God. Era uma filosofia que ser definido por referência a não existir tempo, por referência à morte - e, portanto, parecia Bultmann a análise do melhor disponível do homem espera e escuta de Deus.
John Macquarrie's wonderfully lucid book An Existentialist Theology: A Comparison of Heidegger and Bultmann (Harper & Row, 1955) maravilhosamente lúcido livro de John Macquarrie um existencialista Teologia: Uma comparação de Heidegger e Bultmann (Harper & Row, 1955) can give to English-speaking audiences who wish to understand a little more about the spirit of this century a thorough introduction to Bultmann's use of Heidegger. pode dar ao público Inglês-speaking que desejam entender um pouco mais sobre o espírito deste século uma introdução aprofundada ao uso de Bultmann de Heidegger. The point for us is that for these two 20th A questão para nós é que para estes dois 20 century professors -- as much as for any mystic wrapped in contemplation in some more remote ashram -- the inevitability of death brought one face to face with the question of whether his existence had any point. professores século - tanto quanto para qualquer envolvido na contemplação mística, em alguns ashram mais remotas - a inevitabilidade da morte trouxe um cara a cara com a questão da sua existência tinha qualquer ponto.
Heidegger wrote in a strange prose. Heidegger escreveu em prosa estranha. It was the dance of the bloodless categories of German philosophy across the deathbed. Era a dança das categorias incruenta da filosofia alemã em todo o leito de morte. Bultmann seized what he could use of these ideas: the anxiety produced by the existential question; the dread produced by the answer of death to all; the attempted flight into worldly business, social status and ephemera; the rare courage to begin an existence which would be authentic because open-eyed. Bultmann apreendidos que ele poderia usar essas idéias: a ansiedade produzida pela questão existencial, o medo produzido pela resposta de morte para todos, a tentativa de fuga em negócios mundanos, status social e ephemera, a rara coragem de começar uma existência que ser autêntico, porque de olhos abertos. Bultmann seized these ideas because he saw in them a portrait of man without God, and because they seemed likely to awaken man to the possibility of hearing the answer to his existential question in the New Testament. Bultmann apreendidos estas ideias porque viu neles um retrato do homem sem Deus, e porque parecia que iria despertar o homem para a possibilidade de ouvir a resposta à sua questão existencial do Novo Testamento.
In interpreting his biblical texts Bultmann made use of these ideas with a vigor which promises that his basic principles of interpretation may survive, still seem valid, when the misty vocabulary of Heidegger's early philosophy no longer seems compelling. Na interpretação de seus textos bíblicos Bultmann feito uso dessas idéias com um vigor que promete que os seus princípios básicos de interpretação poderão sobreviver, ainda parece válida, quando o vocabulário nebuloso da filosofia de Heidegger precoce não parece mais convincente. At any rate, Bultmann always emphasized that it was his task as a Christian theologian to offer answers, whereas the task of a philosopher was only to sharpen the questions (and particularly the question about human existence). De qualquer forma, Bultmann sempre enfatizou que era a sua tarefa como um teólogo cristão para oferecer respostas, considerando que a tarefa do filósofo era só para aguçar as perguntas (e particularmente a questão sobre a existência humana). Bultmann was very far from being stooge to Heidegger, whatever critics from the Catholic or Protestant right may have alleged. Bultmann era muito longe de ser coadjuvante para Heidegger, o que os críticos da Igreja Católica ou Protestante pode ter direito alegado. It is for us to ask what in his theological achievement was authentic, now that we can begin to see his life in perspective. Cabe-nos a perguntar o que na sua realização teológica era autêntico, agora que podemos começar a ver a sua vida em perspectiva.
II II
We immediately notice the authority given to his constructive theology by his devotion as a student of the New Testament. Nós imediatamente aviso a autoridade dada a sua teologia construtiva por sua dedicação como estudante do Novo Testamento. Because he spent his life trying to see more precisely what the primitive Christian community and its theologians saw in Jesus, he was better equipped than his fellow giants, Barth and Tillich, to declare what the 20th Porque ele passou a vida tentando ver de forma mais precisa que a comunidade cristã primitiva e seus teólogos viu Jesus, ele estava melhor equipado do que o seu companheiro gigantes, Barth e Tillich, para declarar que a 20 century might see in the same provocative Lord. século pode ver no mesmo Senhor provocante.
The literary monuments remain. Os monumentos literários permanecem. His 1921 Sua 1921 work History of the Synoptic Tradition (Harper & Row, 1963) História do trabalho da tradição sinótica (Harper & Row, 1963) has been available in English for over a decade, and was joined in 1971 está disponível em Inglês para mais de uma década, e se juntou em 1971 by an edition of his 1941 por uma edição de seu 1941 commentary, The Gospel of John (Westminster). comentário, o Evangelho de João (Westminster). A powerful essay of 1926, Um ensaio poderoso de 1926, Jesus and the Word (Scribners, 1934), Jesus e da Palavra (Scribners, 1934), has more recently won large sales as a paperback. mais recentemente tem ganhado grandes vendas como um rascunho. But the book which demanded immediate translation in the 1950s Mas o livro que exigiu tradução imediata em 1950 and has been widely used by students was his two volume Theology of the New Testament (Scribner's, 1951, e tem sido amplamente utilizada pelos estudantes foi a sua teologia em dois volumes do Novo Testamento (Scribner, 1951, '55). '55). With its introductory pages on the historical Jesus as the proclaimer of the coming Kingdom of God, this work gives a superb analysis of the proclamation of the eternal Christ by Judaists and Hellenists in Christianity's first years, by Paul and John, and by the apostolic fathers. Com suas páginas introdutórias sobre o Jesus histórico como o proclamador do Reino de Deus, este trabalho apresenta uma análise excelente da proclamação do Cristo eterno por judaístas e helenistas nos primeiros anos do cristianismo, por Paul e John, e os Padres Apostólicos .
Before the flourishing of Bultmann's career, New Testament scholarship had been dominated by literary criticism, which attempted to uncover the secret of how the texts were compiled; by investigation of the Hellenistic background, especially the mystery religions surrounding the early church, as part of a sociological critique of the history of religion; and by excitement about the apocalyptic content of the teaching of Jesus as a first century Jew. Antes do florescimento da carreira de Bultmann, bolsa de estudos do Novo Testamento havia sido dominado pela crítica literária, que tentou desvendar o segredo de como os textos foram compilados, pela investigação dos antecedentes helenística, especialmente as religiões de mistério em torno da igreja primitiva, como parte de um A crítica sociológica da história da religião, e pelo entusiasmo com o teor apocalíptico do ensino de Jesus como um judeu do primeiro século. Bultmann incorporated what he regarded as the results of these previous inquiries, but his own scholarly interests took him in other directions, for he was not moved by the old fascination with historical research, the life of the church in society, or the life of Jesus. Bultmann incorporou o que ele considerava como os resultados desses inquéritos anteriores, mas os seus interesses acadêmicos levou em outras direções, pois ele não foi movido pelo fascínio de idade com a pesquisa histórica, a vida da Igreja na sociedade, ou a vida de Jesus . "I often have the impression that my conservative New Testament colleagues feel very uncomfortable, for I see them perpetually engaged in salvage operations," he wrote in 1927. "Eu sempre tenho a impressão de que meu colegas conservadores do Novo Testamento se sentir muito desconfortável, pois eu vê-los perpetuamente envolvidos em operações de resgate", escreveu ele em 1927. "I calmly let the fire burn, for I see that what is consumed is only the fanciful portraits of Life-of-Jesus theology, and that means nothing other than 'Christ after the flesh.' "Eu calmamente deixar o fogo queimar, pois vejo que o que é consumido é apenas o retrato fantasioso da teologia da vida-de-Jesus, o que significa nada mais do que" Cristo segundo a carne ". But 'Christ after the flesh' is no concern of ours. How things looked in the heart of Jesus I do not know and do not wish to know." Mas "Cristo segundo a carne" não é uma preocupação nossa. Como as coisas pareciam no coração de Jesus eu não sei e não querem saber. "
Bultmann's concern about what it meant for a person or a community to proclaim Jesus as Lord led straight into a field ripe for scholarly exploitation. preocupação de Bultmann sobre o que significava para uma pessoa ou uma comunidade de proclamar Jesus como Senhor levou em linha reta em um campo maduro para a exploração científica. He had new questions, not about life but about its meaning. Ele tinha perguntas novas, e não sobre a vida, mas sobre o seu significado. How did the early church, in the course of its eucharistic or missionary preaching, retell the story of Jesus and reshape or invent stories about his miracles and sayings, his birth and resurrection? Como é que a igreja primitiva, no decurso da sua pregação eucarística ou missionário, recontar a história de Jesus e reformular ou inventar histórias sobre seus milagres e palavras, seu nascimento e ressurreição? How did the earliest preachers proclaim Christ as the Lord of life -- not merely of exotic religion? Como é que os primeiros pregadores anunciar Cristo como Senhor da vida - não apenas da religião exótica? And how did the transformation of life which these Christians experienced, and their knowledge of a salvation which was already theirs, so dominate their thinking and so infuse their preaching that other matters seemed trivial in comparison -- the postponement of the Lord's visible Second Coming, the actual content of the Lord's original message, and even his historical personality? E como foi a transformação de vida que os cristãos experientes e seu conhecimento de uma salvação que já era deles, assim dominar seus pensamentos e então, infundir a sua pregação parecia que outras questões triviais em comparação - o adiamento da visível do Senhor Second Coming, o conteúdo da mensagem original do Senhor, e até mesmo a sua personalidade histórica?
Bultmann pictured the thrills of life, thought and preaching in the first and second Christian generations as taking place against a sophisticated, largely gentile background, a setting for a dialogue not unlike his own with the secular philosopher Heidegger in Marburg. Bultmann retratado as emoções da vida, do pensamento e pregação na primeira e segunda gerações cristãs como tendo lugar contra um sofisticado fundo largamente Gentile, um espaço para um diálogo e não ao contrário dele próprio, com o filósofo secular Heidegger em Marburg. He was able to picture early Christianity this way with the more assurance because he did most of his scholarly work before attention shifted back to Palestine in the time of Jesus (thanks in part to the discovery of the Dead Sea Scrolls), and before the themes of light against darkness, life against death, came in the 1960s Ele foi capaz de imagem cristianismo primitivo desta maneira com os mais seguros porque ele fez a maioria de seus trabalhos acadêmicos atenção antes deslocado de volta para a Palestina no tempo de Jesus (graças em parte à descoberta dos Manuscritos do Mar Morto), e antes que os temas da luz contra as trevas, da vida contra a morte, veio na década de 1960 to be understood as first century Jewish themes. deve ser entendido como o primeiro século temas judaicos. A Palestinian background has been claimed once again even for the Fourth Gospel. Um fundo palestino foi reivindicada, mais uma vez, mesmo para o Quarto Evangelho.
In any case it was probably inevitable that Bultmann's pupils (such as Günther Bornkamm) -- while accepting his negative verdicts that Jesus did not think of himself as Messiah, Son of God, or Son of Man -- should refuse to accept the dispiriting embargo on all discussion about how Jesus did regard himself, and refuse as well to accept the excessively rigorous skepticism about the facts behind the Gospels' literary forms. Em qualquer caso, provavelmente era inevitável que os alunos Bultmann (como Günther Bornkamm) - embora aceitando o seu veredicto negativo que Jesus não pensa em si mesmo como Messias, Filho de Deus, ou Filho do Homem - se recusar a aceitar o embargo dispiriting em toda a discussão sobre como Jesus fez-se em conta, e se recusam a aceitar bem o ceticismo excessivamente rigorosa sobre os fatos por trás de formas literárias dos Evangelhos. The quest for the historical Jesus was resumed, although in a new way, with the realization that Jesus and his followers regarded that one historical life as the "turning of the ages." A busca pelo Jesus histórico foi retomada, embora de uma maneira nova, com a percepção de que Jesus e seus seguidores considerado que uma vida histórica como a "virada dos séculos."
III III
We can now begin to see Bultmann's New Testament work as a phase in the ongoing story. Agora podemos começar a ver o trabalho do Novo Testamento Bultmann como uma fase da história em curso. Its intrinsic importance may be indicated by saying simply that no greater New Testament scholar has ever lived. Sua importância intrínseca pode ser indicada por dizer simplesmente que não há maior estudioso do Novo Testamento já viveu. But it was no accident that the preaching of the early Christians fascinated him, for Bultmann himself regarded his scholarly work as a service to preaching. Mas não foi por acaso que a pregação dos primeiros cristãos o fascinava, para Bultmann se considerada a sua obra acadêmica como um serviço de pregação. His famous proposal for "demythologizing" the New Testament originated in a 1941 Sua proposta para o famoso "desmitificar" o Novo Testamento originou em 1941 um lecture, subsequently duplicated, which was designed to be a help in pastoralia to former pupils serving as chaplains in Hitler's army. palestra, em seguida repetido, o que foi projetado para ser uma ajuda na pastoralia para ex-alunos atuando como capelão no exército de Hitler. As much as Karl Barth, Bultmann wanted everyone to enter the illusion-shattering crisis of hearing the Word of God. Assim como Karl Barth, Bultmann queria que todos a entrar na crise ilusão estilhaçando-de ouvir a Palavra de Deus. He too rejected the liberal Protestant map of knowledge and life, its comfortable synthesis of religion and society, Fatherhood and brotherhood, and he never entirely lost the sense of crisis which in the 1920s Ele também rejeitou o mapa liberal protestante do conhecimento e da vida, a sua síntese confortável de religião e sociedade, paternidade e da fraternidade, e ele nunca perdeu inteiramente o sentido da crise que em 1920 had caused his theology to seem "dialectical" like Barth's. causou a sua teologia para parecer "dialética" como Barth. But he knew more than Barth did about what was actually in the mind of modern man -- or perhaps he was not so dismayed by it. Mas ele sabia mais do que Barth teve sobre o que estava realmente na mente do homem moderno - ou talvez ele não estava tão desanimado por ele.
His Gifford Lectures at Edinburgh on The Presence of Eternity: History and Eschatology (Harper, 1957) Sua Gifford Lectures em Edimburgo, em presença da eternidade: História e escatologia (Harper, 1957) and various books of essays -- the most notable collections in English being Faith and Understanding (Harper & Row, 1969) e vários livros de ensaios - o mais notáveis colecções em Inglês Fé estar e entendimento (Harper & Row, 1969) and Existence and Faith (World, 1960) e Existência e Fé (World, 1960) -- - show over how long a period, and in relation to how many challenges, he worked out his own presentation of the Word of God to our time. show mais quanto tempo, e em relação à forma como muitos desafios, ele trabalhou a sua própria apresentação da Palavra de Deus ao nosso tempo. But the clearest summary is to be found in his little book of lectures to young Americans in 1951, Mas a mais clara resumo pode ser encontrado em seu pequeno livro de palestras para jovens americanos em 1951, Jesus Christ and Mythology (Scribner's, 1958). Jesus Cristo e Mitologia (Scribner, 1958). For all his thoughts were unified around the desire of his heart to encourage or to shock students of theology into preaching a relevant Christ. Para todos os seus pensamentos foram unificadas em torno do desejo de seu coração para incentivar ou choque estudantes de teologia em pregar um Cristo relevantes.
He thought that it was possible to strip away the metaphysical doctrines of the church fathers and the mythological stories of the first Christians to reach a Lord whose impact would transform modern lives. Ele pensou que era possível despir as doutrinas metafísicas dos Padres da Igreja e as histórias mitológicas dos primeiros cristãos a chegar a um senhor, cujo impacto seria transformar a vida moderna. He thought that in this Lord alone, "saving" or "justifying" faith could and should be placed. Ele pensou que, neste Senhor sozinho, "salvar" ou "justificação pela fé" poderiam e deveriam ser colocados. (Bultmann never ceased to be a Lutheran.) How, then, was faith to be born? (Bultmann nunca deixou de ser um luterano.) Como, então, foi a fé de nascer? By going to the death of Jesus. Indo até a morte de Jesus. On the wood of the cross, the existence of this strange man was questioned by the hard nails of the world. No madeiro da cruz, a existência deste estranho homem foi interrogado pela pregos duros do mundo. In every generation those who decided for themselves that the crucified Jesus was right -- rather than his enemies -- had Christian faith, and the rising of their faith was the one perpetual miracle. Em cada geração, aqueles que decidiram por si mesmos que o Jesus crucificado estava certo - ao invés de seus inimigos - tinham fé cristã, eo aumento de sua fé foi um milagre perpétuo. It was the Easter of faith in a world naturally progressing toward winter. Foi a Páscoa da fé em um mundo naturalmente progredindo para o inverno.
What, then, did it mean to say that Jesus was right? Qual é, então, não significa dizer que Jesus estava certo? It meant to put one's own trust where Jesus put it, in God and God's future. Isso significava colocar a própria confiança em que Jesus disse, em Deus e no futuro de Deus. Bultmann's central concern was precisely the opposite of the wish to reduce theology to anthropology, but he was passionately "subjective" in the sense of believing that God could never be a mere "object" to the believer. Bultmann preocupação central era precisamente o oposto do desejo de reduzir a teologia a antropologia, mas ele estava apaixonado "subjetivo" no sentido de acreditar que Deus jamais poderia ser um objeto de "simples" para o crente.
One could not know much about God, only what God did for one. Não se pode saber muito sobre Deus, apenas o que Deus fez para um. (When Macquarrie urged him to follow Tillich in using the philosophy of Being to reconstruct a purified theism, Bultmann could only confess: "I myself cannot conceive of an ontological basis.") One could not do much for God, only gamble one's life on his reality and on his power to uphold one. (Quando Macquarrie pediu-lhe para seguir Tillich em usar a filosofia do Ser, para reconstruir um teísmo purificado, Bultmann só podia confessar: "Eu mesmo não se pode conceber uma base ontológica.") Não se pode fazer muito para Deus, só jogar a vida no sua realidade e em seu poder para manter um. One could not say much to God, only give thanks and surrender. Não se podia dizer muito a Deus, só agradecer e render-se. He saw eschatology (the announcement that ordinary things were ending) as the heart of the gospel, but his eschatology was not a description of the world's history to come, and its preaching was not a visible exhibition. Ele viu a escatologia (o anúncio de que as coisas comuns foram ending) como o coração do evangelho, sua escatologia, mas não era uma descrição da história do mundo está por vir, e sua pregação não era uma exposição visível. It was an address to the individual, an address about that individual's life and death, an address which reached that individual's heart. Foi um endereço para o indivíduo, um endereço de e sobre a vida do indivíduo e da morte, um endereço que atingiu o coração do indivíduo.
That decision of faith mattered most to Bultmann of all the items which have collected into the creeds and confessions of Christendom. Essa decisão de fé que mais importava para Bultmann de todos os itens que foram coletados no credos e confissões da cristandade. Many have criticized this view for being too narrow. Muitos têm criticado essa visão por ser muito estreito. What about the history of Israel? E sobre a história de Israel? What about the problems of ethics? E sobre os problemas da ética? What about social responsibility? E quanto a responsabilidade social? What about the scientific view of nature? E sobre a visão científica da natureza? What about the philosophical status of talk about God (Wittgenstein and the later Heidegger)? E sobre o estatuto filosófico de falar de Deus (Wittgenstein e Heidegger)? But Bultmann gave his answer to such criticisms -- in, for example, his contribution to the volume of essays edited by Charles W. Kegley, The Theology of Rudolf Bultmann (Harper & Row, 1966). Mas Bultmann deu sua resposta a essas críticas -, por exemplo, o seu contributo para o volume de ensaios editada por Charles W. Kegley, A Teologia de Rudolf Bultmann (Harper & Row, 1966).
His answer was not that such general questions were boring. Sua resposta não foi a de que tais questões gerais estavam furando. The survey of his theology by Walter Schmithals ( Introduction to the Theology of Rudolf Bultmann [Augsburg, 1968]) successfully demonstrates how wide was his scope. O estudo de sua teologia por Walter Schmithals (Introdução à Teologia de Rudolf Bultmann [Augsburg, 1968]) com sucesso demonstra quão grande era o seu alcance. But he was primarily a New Testament scholar, not a philosopher; his datum was Scripture. Mas era sobretudo um estudioso do Novo Testamento, e não um filósofo, seu dado foi Escritura. Even more important for him, as limiting his task, was the background to all his thinking for half a century: Ainda mais importante para ele, como limitar a sua tarefa, foi o pano de fundo para todos os seus pensamentos por meio século:
Germany in anxiety, Germany in hysteria, Germany in flames, Germany in reconstruction from the foundations. Alemanha na ansiedade, na Alemanha, em histeria, Alemanha, em chamas, na Alemanha, na reconstrução das fundações. While not neglecting his duties to his day as a professor or citizen (he supported the anti-Nazi Confessing Church and welcomed the Americans in 1945), Apesar de não negligenciar seus deveres para com o seu dia como um professor ou um cidadão (que apoiava o anti-nazista Igreja Confessante e congratulou-se com os norte-americanos em 1945), he felt called to essentially one work as a preacher. ele sentiu-se chamado para um trabalho essencialmente como um pregador. He drew out of the New Testament, and particularly from the faith of the apostles as they looked back at the cross of Jesus, the belief that it was the world which was dying, not God who was dead. Ele tirou do Novo Testamento, e particularmente a partir da fé dos Apóstolos em que olhou para a cruz de Jesus, a crença de que era o mundo que estava morrendo, e não Deus, que estava morto.
In his volume of wartime Marburg sermons, translated as This World and the Beyond (Scribner's, 1960), Em seu volume de Marburg sermões de guerra, traduzido como O Mundo e Beyond (Scribner, 1960), he did not supply a commentary on the news. ele não forneceu um comentário sobre a notícia. Instead -- and with as much success as any Christian preacher could expect -- he addressed the fears which gripped young and old. Em vez disso - e com tanto sucesso quanto qualquer pregador cristão poderia esperar - ele dirigiu-se ao medo que prendeu jovens e velhos. It was a traditional and individualist message, and he would say much the same thing to Sheffield industrial workers in time of peace (reprinted in The Honest to God Debate). It was not colloquial; it was not sociological. Foi uma mensagem de e individualista tradicional, e ele diria a mesma coisa para trabalhadores industriais Sheffield em tempo de paz (reimpresso em The Honest to God Debate). Não era coloquial, mas não foi sociológica. But in point of fact Bultmann's theology helped to keep many individuals within the great tradition of faith in the eternal God, the God revealed in the crisis of the gospel of Christ; for in the jargon, although his work was to "demythologize," he refused to "dekerygmatize." Mas na verdade a teologia de Bultmann ajudou a manter muitos indivíduos dentro da tradição da fé no Deus eterno, o Deus revelado na crise do evangelho de Cristo, no jargão, embora o seu trabalho foi "desmitificar", ele recusou-se a "dekerygmatize".
There were plenty of men (Karl Jaspers, Fritz Bun, Herbert Braun and others) who urged him to complete his program by a thoroughgoing secularization, but Bultmann obstinately insisted on the power and grace of the Other who comes. Havia uma abundância dos homens (Karl Jaspers, Fritz Bun, Herbert Braun e outros) que o incentivou a completar o seu programa por uma profunda secularização, mas insistia Bultmann sobre o poder ea graça do Outro que vem. He knew. Ele sabia. He had met him. Ele tinha encontrado. This is his glory, in an age which has exalted research above the encounters of life, and which has obscured God by the massive horrors of politics as well as by the petty sentimentalities of religion. Esta é a sua glória, numa época em que exaltou a investigação sobre o encontro da vida, e que Deus tem obscurecido pelos horrores da grande política, bem como pelos sentimentalismos mesquinhos de religião.
7 de jun. de 2010
Rudolf Bultman
Rudolf Karl Bultimann
Breve Bibliografia:
Rudolf Karl Bultimann, um dos Teólogo mais influente do século xx,nasce em 20 de agosto de 1884,em uma pequena cidade de Wiefelstede no Norte da Alemanha,filho do pastor luterano e neto do missionário na África. Bultimann,tem por sua escola/tradição o luteranismo,seus principais interesses foram, Teologia, hermenêutica, Novo Testamento,as idéias notáveis em seus escritos foi a demitização.Em 1910 começou a trabalhar como docente na área da Bíblia Novo Testamento,em Marbug;em 1916,tornou-se professor em Breslau;em 1920 foi para Giessen e,em1921,transferiu-se para Masburg,onde viveu e trabalhou até o final da sua vida.Bultimann,estuda profundamente o NT,trazendo questões teológica sobre a demitologização, seu pensamento esta fundamentado em dois pontos, um é o método hermenêutica e outro a filosofia existencialista onde encontra em Heidegger um instrumento para explicar sobre as estruturas do existencialismo humano, acrescenta o pensamento de Heidegger a existência da fé cristã,onde acredita que estas duas modalidades que são a existência autentica e a inautêntica,referem-se ao ser e a fé,na palavra de Deus.Ele defendia que somente com uma pesquisa mitológica o Novo Testamento serviria para o homem de hoje.
Sua teologia do novo testamento foi escrita inicialmente em três volumes e é uma espécie de suma do pensamento Bultmaniano e é coerente com as premissas teológicas.
Sua pesquisa foi dividida em três partes; a primeira trata das premissas e motivos da teologia Neotestamentaria, a segunda da teologia de Paulo e João, e a terceira o desenvolvimento da teologia até a igreja antiga.
Ao contrario de outros teólogos Butiman percebia a multiplicidade de teologias no próprio novo testamento e para ele o cânon não se apresentava como unidade sistemática pelo contrario o querigma se apresenta de forma múltipla. Em sua teologia ele optou pela exposição da diversidade dos testemunhos resistindo a tentação da harmonização .Quanto a descoberta Bultiman diz que os escritos só confirmam o que muitos pesquisadores já diziam: “que a imagem do judaísmo de Jesus não era homogênea como seria de supor com base nos textos rabínicos.
Diferentemente de outros articuladores da neo-ortodoxia. Bultmann não é visto, como sendo um teólogo sistemático, porém um estudioso do Novo testamento.
Stanley J. Grenz e Roger E. Olson em sua obra Teologia do Século 20 referindo-se a Bultmann afirmam: Que sua principal preocupação era tornar a fé cristã e bíblica compreensível à mentalidade moderna. Ele procurou alcançar esse objetivo empregando uma interpretação existencialista do Novo Testamento, que vê a mensagem do antigo documento como Palavra de Deus dirigida ao indivíduo e pedindo uma resposta de fé individual.
Para entendermos a teologia de Bultmann se faz necessário compreender seu programa conhecido como demitologização do Novo Testamento. O objetivo dele era tentar eliminar os pressupostos culturais do Novo Testamento a fim de obter a mensagem salvífica de forma inteligível ao homem moderno. Esta tarefa de releitura existencial do texto bíblico é apresentada como programa de demitologização.
Ele acreditava que o Novo Testamento contém a Querigma salvadora de Cristo. A demitologização consiste em desnudar o mito do Novo Testamento e descobrir o Querigma original. Defendia, portanto, não a remoção, mas a interpretação do mito, a fim de visualizar o verdadeiro sentido dos textos do Novo testamento.
Demitologização
Bultmann identifica uma dupla tarefa na demitologização: a) NEGATIVA: é a crítica da imagem de mundo expressa no mito; b) POSITIVA: é o esclarecimento da verdadeira intenção do mito. Estas duas tarefas, a crítica e o esclarecimento, se unem na tarefa hermenêutica, na interpretação das Escrituras. Demitologizar, portanto, não consiste em eliminar o mito, como fez a teologia liberal, mas em interpretá-lo numa perspectiva antropológica/existencial, que ainda é capaz de falar ao homem de hoje.
Os críticos apontaram equívocos diversos no trabalho de Bultmann: Oscar Culmann o acusou de demitologizar o que não deveria, isto é, os fatos da história; Karl Barth disse que ele errou ao comprometer o NT com o existencialismo de Heidegger; Karl Jaspers o criticou por absolutizar a ciência moderna e a visão iluminista acerca do mito, que era extremamente negativa.
O Querigma:
Querigma é uma palavra grega que vem significar a proclamação de um decreto autorizado. Para Bultmann, a Palavra de Deus é querigma: “É a palavra que tem poder, que é eficaz. Ser pronunciada é essencial para essa palavra. Ela é anunciada e deve ser ouvida. É diretriz a ser seguida; ordem a ser observada.” É a palavra que interpela, é apelo! O evento da salvação é o evento da palavra, isto é, a salvação chega ao homem na proclamação da palavra interpelante do querigma e na sua acolhida dessa pela fé. A Igreja é o lugar da palavra, pois é mediante a Igreja e os seus mensageiros que ela é pregada. Assim, a Igreja fundamenta-se no evento da salvação/evento da palavra!
Tratando da teologia de Paulo e João, em Paulo ele examina o homem antes da revelação da fé. Analisando a teologia de João e das epistolas Joaninas, Bultman discute o dualismo joanino ,o envio do filho e as questões da fé para João, se mostra cético quanto a uma possível atribuição de autoria para o quarto evangelho e para as epistolas de João bem como o lugar e onde foi redigido , ele apenas diz que a atmosfera na qual surgiu é a do Cristianismo oriental, com muita probabilidade, ainda no primeiro século, visto que está atestado por citações em papiros do inicio do século II diz também que João não pertence a escola Paulina e não esta sob a influencia de Paulo.
Para determinar o lugar histórico do evangelho segundo João, serve uma comparação com os sinóticos, que inicialmente tem que restringir-se a forma e a temática, percebendo a distancia que separa João tanto da pregação de Jesus quanto da primeira comunidade, desta forma ficamos sem saber se conheceu um ou mais dos sinóticos, mas podemos afirmar que ele conhece a tradição trabalhada neles como podemos reconhecer em alguns ditos de Jesus, historia de milagres sobretudo, na historia da paixão.
As historias de milagres que o evangelista provavelmente colheu de uma fonte escrita revelam o estagio desenvolvido alem da tradição sinótica. Para o evangelista esses relatos adquiriram um sentido simbólico ou alegórico, registram breves diálogos didáticos ou de controvérsias, nos quais Jesus dá a resposta aos que tem perguntas honestas ou aos adversários com um breve dito categórico.
Em João encontramos um discurso mais prolongado ou um dialogo de vai e vem, motivado, alem de pelos milagres, por afirmações ou conceitos ambíguos como( ser nascido do alto) ou o termo( água viva). Enquanto os discursos de Jesus nos sinóticos, são, na maioria das vezes, ditos encadeados, em João eles são exposições coesas sobre determinado tema, ele não aparece nem como Rabi, nem como Profeta, ele se caracteriza o revelador que Deus enviou, e fala do seu ir e vir, do que ele è, e do que ele traz para o mundo.
Enquanto nos sinóticos se refletem os destinos, os problemas e a fé da comunidade mais antiga, em João não se percebe mais quase nada disso. As perguntas características da comunidade primitiva pela validade da lei, da vinda do reino de Deus ou pela demora de sua vinda emudeceram.
Ate certo ponto há uma coincidência entre Paulo e João e os demais livros do NT, João naturalmente fala da vida eterna como bem salvífico, em contra partida não se fala mais em Reino de Deus.
È convicção comum entre os cristãos que depois da elevação de Jesus foi concedido à comunidade o espírito, e o fato de que em João o Espírito é chamado o consolador, e não encontra paralelo em Paulo. O mais importante é que a terminologia histórico-salvifica de Paulo não ocorre em João.
Naturalmente a vida é o almejado bem salvífico tanto para Paulo como para toda cristandade primitiva para o AT e o Judaísmo
Ela se tornou a designação dominante somente naqueles círculos das religiões helenistas, e especialmente na gnose, para quais a vida deste mundo perdeu seu esplendor e seu valor em tal medida que ela é considerada uma vida fictícia, que na verdade está morta.É a partir desses conceitos que João escreve, e os conceitos verdade e vida ocupam o lugar dos conceitos de reino de Deus e justiça de Deus
A Posição Histórica de Paulo:
Paulo era originário do judaísmo helenista; sua pátria era Tarso da Cilícia. Em sua terra natal ele também entrou em contato com a cultura helenista, conheceu a filosofia popular e se familiarizou com os fenômenos do sincretismo religioso.
Sua conversão representou a sujeição obediente sob o juízo de Deus manifesto na cruz de Cristo sobre todo o realizar e glorificar-se humanos. A conversão o levou para a comunidade helenista, no qual trabalhou como missionário, em companhia de outro missionário helenista, Barnabé, que o levou como colaborador para Antioquia. Juntos defenderam o cristianismo helenista perante a comunidade primitiva na “convenção dos apóstolos”.
A única coisa significativa para ele da história de Jesus é o fato de que Jesus nascera e vivera como judeu sob a lei e que fora crucificado. Quando aponta para Cristo como modelo, ele não pensa no Jesus histórico, e sim no preexistente. Paulo tem sua posição no seio do cristianismo helenista.
A teologia paulina não é um sistema especulativo. O ato de crer é, ao mesmo tempo, um ato do conhecer, e analogamente o conhecer teológico não pode separar-se do crer. A teologia paulina trata de Deus não em sua essência em si, mas somente em seu significado para o ser humano, para sua responsabilidade e sua salvação, ou seja, vê o mundo e o ser humano sempre na relação com Deus. Por isso, e nesse sentido, a teologia paulina é simultaneamente antropológica.
Breve Bibliografia:
Rudolf Karl Bultimann, um dos Teólogo mais influente do século xx,nasce em 20 de agosto de 1884,em uma pequena cidade de Wiefelstede no Norte da Alemanha,filho do pastor luterano e neto do missionário na África. Bultimann,tem por sua escola/tradição o luteranismo,seus principais interesses foram, Teologia, hermenêutica, Novo Testamento,as idéias notáveis em seus escritos foi a demitização.Em 1910 começou a trabalhar como docente na área da Bíblia Novo Testamento,em Marbug;em 1916,tornou-se professor em Breslau;em 1920 foi para Giessen e,em1921,transferiu-se para Masburg,onde viveu e trabalhou até o final da sua vida.Bultimann,estuda profundamente o NT,trazendo questões teológica sobre a demitologização, seu pensamento esta fundamentado em dois pontos, um é o método hermenêutica e outro a filosofia existencialista onde encontra em Heidegger um instrumento para explicar sobre as estruturas do existencialismo humano, acrescenta o pensamento de Heidegger a existência da fé cristã,onde acredita que estas duas modalidades que são a existência autentica e a inautêntica,referem-se ao ser e a fé,na palavra de Deus.Ele defendia que somente com uma pesquisa mitológica o Novo Testamento serviria para o homem de hoje.
Sua teologia do novo testamento foi escrita inicialmente em três volumes e é uma espécie de suma do pensamento Bultmaniano e é coerente com as premissas teológicas.
Sua pesquisa foi dividida em três partes; a primeira trata das premissas e motivos da teologia Neotestamentaria, a segunda da teologia de Paulo e João, e a terceira o desenvolvimento da teologia até a igreja antiga.
Ao contrario de outros teólogos Butiman percebia a multiplicidade de teologias no próprio novo testamento e para ele o cânon não se apresentava como unidade sistemática pelo contrario o querigma se apresenta de forma múltipla. Em sua teologia ele optou pela exposição da diversidade dos testemunhos resistindo a tentação da harmonização .Quanto a descoberta Bultiman diz que os escritos só confirmam o que muitos pesquisadores já diziam: “que a imagem do judaísmo de Jesus não era homogênea como seria de supor com base nos textos rabínicos.
Diferentemente de outros articuladores da neo-ortodoxia. Bultmann não é visto, como sendo um teólogo sistemático, porém um estudioso do Novo testamento.
Stanley J. Grenz e Roger E. Olson em sua obra Teologia do Século 20 referindo-se a Bultmann afirmam: Que sua principal preocupação era tornar a fé cristã e bíblica compreensível à mentalidade moderna. Ele procurou alcançar esse objetivo empregando uma interpretação existencialista do Novo Testamento, que vê a mensagem do antigo documento como Palavra de Deus dirigida ao indivíduo e pedindo uma resposta de fé individual.
Para entendermos a teologia de Bultmann se faz necessário compreender seu programa conhecido como demitologização do Novo Testamento. O objetivo dele era tentar eliminar os pressupostos culturais do Novo Testamento a fim de obter a mensagem salvífica de forma inteligível ao homem moderno. Esta tarefa de releitura existencial do texto bíblico é apresentada como programa de demitologização.
Ele acreditava que o Novo Testamento contém a Querigma salvadora de Cristo. A demitologização consiste em desnudar o mito do Novo Testamento e descobrir o Querigma original. Defendia, portanto, não a remoção, mas a interpretação do mito, a fim de visualizar o verdadeiro sentido dos textos do Novo testamento.
Demitologização
Bultmann identifica uma dupla tarefa na demitologização: a) NEGATIVA: é a crítica da imagem de mundo expressa no mito; b) POSITIVA: é o esclarecimento da verdadeira intenção do mito. Estas duas tarefas, a crítica e o esclarecimento, se unem na tarefa hermenêutica, na interpretação das Escrituras. Demitologizar, portanto, não consiste em eliminar o mito, como fez a teologia liberal, mas em interpretá-lo numa perspectiva antropológica/existencial, que ainda é capaz de falar ao homem de hoje.
Os críticos apontaram equívocos diversos no trabalho de Bultmann: Oscar Culmann o acusou de demitologizar o que não deveria, isto é, os fatos da história; Karl Barth disse que ele errou ao comprometer o NT com o existencialismo de Heidegger; Karl Jaspers o criticou por absolutizar a ciência moderna e a visão iluminista acerca do mito, que era extremamente negativa.
O Querigma:
Querigma é uma palavra grega que vem significar a proclamação de um decreto autorizado. Para Bultmann, a Palavra de Deus é querigma: “É a palavra que tem poder, que é eficaz. Ser pronunciada é essencial para essa palavra. Ela é anunciada e deve ser ouvida. É diretriz a ser seguida; ordem a ser observada.” É a palavra que interpela, é apelo! O evento da salvação é o evento da palavra, isto é, a salvação chega ao homem na proclamação da palavra interpelante do querigma e na sua acolhida dessa pela fé. A Igreja é o lugar da palavra, pois é mediante a Igreja e os seus mensageiros que ela é pregada. Assim, a Igreja fundamenta-se no evento da salvação/evento da palavra!
Tratando da teologia de Paulo e João, em Paulo ele examina o homem antes da revelação da fé. Analisando a teologia de João e das epistolas Joaninas, Bultman discute o dualismo joanino ,o envio do filho e as questões da fé para João, se mostra cético quanto a uma possível atribuição de autoria para o quarto evangelho e para as epistolas de João bem como o lugar e onde foi redigido , ele apenas diz que a atmosfera na qual surgiu é a do Cristianismo oriental, com muita probabilidade, ainda no primeiro século, visto que está atestado por citações em papiros do inicio do século II diz também que João não pertence a escola Paulina e não esta sob a influencia de Paulo.
Para determinar o lugar histórico do evangelho segundo João, serve uma comparação com os sinóticos, que inicialmente tem que restringir-se a forma e a temática, percebendo a distancia que separa João tanto da pregação de Jesus quanto da primeira comunidade, desta forma ficamos sem saber se conheceu um ou mais dos sinóticos, mas podemos afirmar que ele conhece a tradição trabalhada neles como podemos reconhecer em alguns ditos de Jesus, historia de milagres sobretudo, na historia da paixão.
As historias de milagres que o evangelista provavelmente colheu de uma fonte escrita revelam o estagio desenvolvido alem da tradição sinótica. Para o evangelista esses relatos adquiriram um sentido simbólico ou alegórico, registram breves diálogos didáticos ou de controvérsias, nos quais Jesus dá a resposta aos que tem perguntas honestas ou aos adversários com um breve dito categórico.
Em João encontramos um discurso mais prolongado ou um dialogo de vai e vem, motivado, alem de pelos milagres, por afirmações ou conceitos ambíguos como( ser nascido do alto) ou o termo( água viva). Enquanto os discursos de Jesus nos sinóticos, são, na maioria das vezes, ditos encadeados, em João eles são exposições coesas sobre determinado tema, ele não aparece nem como Rabi, nem como Profeta, ele se caracteriza o revelador que Deus enviou, e fala do seu ir e vir, do que ele è, e do que ele traz para o mundo.
Enquanto nos sinóticos se refletem os destinos, os problemas e a fé da comunidade mais antiga, em João não se percebe mais quase nada disso. As perguntas características da comunidade primitiva pela validade da lei, da vinda do reino de Deus ou pela demora de sua vinda emudeceram.
Ate certo ponto há uma coincidência entre Paulo e João e os demais livros do NT, João naturalmente fala da vida eterna como bem salvífico, em contra partida não se fala mais em Reino de Deus.
È convicção comum entre os cristãos que depois da elevação de Jesus foi concedido à comunidade o espírito, e o fato de que em João o Espírito é chamado o consolador, e não encontra paralelo em Paulo. O mais importante é que a terminologia histórico-salvifica de Paulo não ocorre em João.
Naturalmente a vida é o almejado bem salvífico tanto para Paulo como para toda cristandade primitiva para o AT e o Judaísmo
Ela se tornou a designação dominante somente naqueles círculos das religiões helenistas, e especialmente na gnose, para quais a vida deste mundo perdeu seu esplendor e seu valor em tal medida que ela é considerada uma vida fictícia, que na verdade está morta.É a partir desses conceitos que João escreve, e os conceitos verdade e vida ocupam o lugar dos conceitos de reino de Deus e justiça de Deus
A Posição Histórica de Paulo:
Paulo era originário do judaísmo helenista; sua pátria era Tarso da Cilícia. Em sua terra natal ele também entrou em contato com a cultura helenista, conheceu a filosofia popular e se familiarizou com os fenômenos do sincretismo religioso.
Sua conversão representou a sujeição obediente sob o juízo de Deus manifesto na cruz de Cristo sobre todo o realizar e glorificar-se humanos. A conversão o levou para a comunidade helenista, no qual trabalhou como missionário, em companhia de outro missionário helenista, Barnabé, que o levou como colaborador para Antioquia. Juntos defenderam o cristianismo helenista perante a comunidade primitiva na “convenção dos apóstolos”.
A única coisa significativa para ele da história de Jesus é o fato de que Jesus nascera e vivera como judeu sob a lei e que fora crucificado. Quando aponta para Cristo como modelo, ele não pensa no Jesus histórico, e sim no preexistente. Paulo tem sua posição no seio do cristianismo helenista.
A teologia paulina não é um sistema especulativo. O ato de crer é, ao mesmo tempo, um ato do conhecer, e analogamente o conhecer teológico não pode separar-se do crer. A teologia paulina trata de Deus não em sua essência em si, mas somente em seu significado para o ser humano, para sua responsabilidade e sua salvação, ou seja, vê o mundo e o ser humano sempre na relação com Deus. Por isso, e nesse sentido, a teologia paulina é simultaneamente antropológica.
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